Solenidade na Câmara marca o Dia do Maçom

Uma retrospectiva histórica, situando a Cidade em 1853, quando foi criada a primeira Loja Maçônica – a Fraternidade de Santos, ainda em atividades -, foi o destaque da saudação do vereador José Lascane (PSDB), que na noite do dia 20 de agosto homenageou a passagem do Dia do Maçom. A cerimônia, presidida pelo Vereador Adelino Rodrigues (PSB), contou com a presença de representantes de diversas lojas maçônicas da região.

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Lascane lembrou a formação, no Brasil, dessa irmandade de âmbito mundial, frisando que a ausência de partidos organizados no País, durante o período que precedeu à Independência, transformou as lojas maçônicas em centros de atividades políticas nas principais cidades. A Maçonaria, prosseguiu, está intimamente ligada à própria história do País e à Proclamação da Independência, uma vez que D. Pedro I e os irmãos Andradas pertenciam a essa organização. “Em 1831, a Maçonaria, diante do absolutismo demonstrado por D. Pedro I, convenceu o imperador a renunciar ao cargo, entregando-o a seu filho, D. Pedro II”.


Dentre os presentes recebidos pela Princesa Isabel quando da assinatura da Lei Áurea, que aboliu a escravatura em 13 de maio de 1888, prosseguiu o vereador, encontravam-se dois buquês de camélias que, exibidas nas lapelas, funcionavam como uma senha para que os abolicionistas se identificassem. “Essa flor tornou-se, portanto, o símbolo da luta pela libertação dos escravos”.


A amplitude e envergadura do trabalho da Maçonaria foram sintetizadas pelo presidente da Coligação das Lojas Maçônicas da Baixada Santista, José Carlos Fonseca, comentando que essa irmandade esteve presente inclusive no momento da Descoberta do Brasil, “na pessoa do almirante Pedro Alvarez Cabral, um cavaleiro da ordem de Cristo, herdeira da misteriosa Ordem dos Templários da qual, de modo geral, descendem os modernos maçons, e cuja bandeira foi plantada em solo tupiniquim, ao lado da Cruz, em 22 de abril de 1500”.


O trabalho social que forma a base da ação maçônica, conforme destacou Fonseca, volta-se agora para a campanha nacional ‘Maçonaria contra as drogas – um projeto em favor da vida’, de forma a atacar um vício que assola sobretudo a juventude. Essa empreitada foi objeto de mensagem assinada pelo presidente do conselho geral da Coligação das Lojas Maçônicas da Baixada Santista, Ademir Soares Silva, lida no encerramento da solenidade pelo Vereador Adelino Rodrigues. No documento, o presidente do conselho solicita o apoio da Câmara para a aprovação da lei que torna obrigatória a fixação de adesivos com o telefone do disque denúncia (0800-156315) em ônibus urbanos municipais e demais veículos utilizados no transporte público. Projeto de lei nesse sentido, de autoria de Adelino Rodrigues, já foi aprovado em plenário e aguarda sanção do Executivo.


Além dos vereadores e de José Carlos Fonseca, integraram a Mesa das autoridades o diretor estadual de Meio Ambiente Litorâneo do Governo do Estado, Márcio Moraes Campos; José de Paula Bartoloni, presidente da Loja Dom Pedro I; Raul Pedroso de Lima Jr., Venerável da Loja Hiram Abif; Roberto Oliveira Ribeiro, representando o prefeito Beto Mansur; Sérgio Luiz Pereira Soares, coordenador de Expansão e Logística do Grande Oriente de São Paulo; Carlos Alves Queiroz, Venerável da Loja Maçônica Estrela de Santos; Fernando Antonio Mendes de Souza, vice-presidente do Conselho geral da Coligação das Lojas Maçônicas da Baixada Santista, e Carlos Ferreira Diniz, vice-presidente da Coligação das Lojas Maçônicas da região.     

 

Saudação do vereador José Lascane

 

Meus irmãos, neste eterno lapidar, desbastando a PEDRA BRUTA, coube-me a responsabilidade de preparar este singelo trabalho que passo a expor de forma reduzida:


Durante o processo de Independência do Brasil, a ausência de partidos organizados leva os locais de encontro dos maçons, as lojas maçônicas, a funcionarem como centros de atividade política nas principais cidades do país.
Os mais importantes líderes do movimento de independência, incluindo membros do clero, pertencem à sociedade secreta, que se torna mais forte núcleo de irradiação das idéias do liberalismo. Liberal e maçom tornam-se  sinônimos, identificados na defesa e divulgação dos ideais antiabsolutistas da Revolução Francesa e Constitucionalistas da Independência dos EUA. Nas lojas, os liberais denunciam o colonialismo e o absolutismo, defendem a emancipação do país e a constitucionalização do Estado.

 

Saudação na íntegra...