Santos, a primeira cidade a ter Lei para Escola Hospitalar

Parlamentar visita Graacc - Escola Paulista de Medicina

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No dia 17 de outubro, foi sancionada a Lei no. 2.865/2012, que permite a criação da Escola Hospitalar para atender crianças e adolescentes submetidos a tratamento de doenças crônicas, como o câncer, que impliquem na internação hospitalar, atendimento ambulatorial ou permanência prolongada em domicílio. Santos é a primeira cidade do Brasil onde existe esta Lei. A Lei, de autoria do vereador e atual presidente da Câmara Municipal de Santos, Manoel Constantino, garante os direitos que os pacientes possuem em manter a escolarização enquanto o tratamento médico é realizado.
 
Na última terça-feira, 6, Constantino visitou o Grupo de Apoio ao adolescente e à Criança com Câncer - Graacc, instituição da Escola Paulista de Medicina, em que se baseou o Projeto de Lei, para definir como será a parceria no treinamento dos professores da rede municipal de Santos, interessados no Projeto. Na ocasião, o parlamentar teve a oportunidade de presenciar o método pedagógico utilizado. Constantino conversou com a responsável pela "Escola Móvel", Amália Covic, professores do quadro, alunos e pais: "Embora com realidades diferentes, é emocionante ver o carinho e o respeito com que estes professores tratam os alunos-pacientes. A leveza que faz com que o tratamento médico, tão difícil, seja por eles e seus pais, melhor suportado".
 
Amália Covic mostrou ao vereador todo suporte pedagógico, incluindo fichas de orientação ao professor e de acompanhamento escolar do aluno."Para a Escola Hospitalar, não basta apenas o conhecimento teórico. O professor tem que ter sensibilidade necessária para entender as etapas de tratamento por que passa o aluno e se adequar a elas para realizar as aulas", explicou. Todas as matérias dadas são registradas na ficha escolar do aluno, para que, ao voltar para escola de origem, continue com o mesmo grau de aprendizado que seus colegas.
 
O professor hospitalar, diferente daquele da sala de aula, não trabalha com aulas pré-programadas, dificilmente elas são adequadas, pois os alunos-pacientes vivem em situações de vulnerabilidade, modos de pensar e apreender diferentes. Trata-se na verdade de um “professor particular”, que segue o currículo dado em sala de aula regular, porém, adaptado às condições físicas e emocionais do aluno.
 
Constantino conheceu também a infra-estrutura hospitalar do Graacc e como todas as áreas voltam-se para o apoio total aos pequenos pacientes e familiares, mesmo após a alta. Com suporte de empresas parceiras, como a Petrobrás, o Instituto Ayrton Senna, o McDonald´s e doações de pessoas físicas, o Graacc atendeu, em 2011, cerca de 2.780 pacientes, de 0 a 21 anos pois, mesmo após a alta médica, o paciente continua monitorado. Com a possibilidade de contar com professores no local de tratamento, os alunos podem estudar e até fazer provas quando necessário, pois sua avaliação volta para a escola.
 
O presidente do Legislativo santista também conversou com médicos e com o CO do Graacc, Valdesir Galvan, para estruturar a Escola Hospitalar em Santos. Pela necessidade do Projeto e vontade de Constantino, os pacientes internados na Santa Casa já começariam o ano letivo de 2013. "A parceria teórico-prática do Graacc é fundamental para que as crianças e adolescentes da Santa Casa possam ter seu direito à educação e, com certeza, um incentivo a mais durante o tratamento. O Projeto também humaniza a relação professor-aluno e hospital-aluno. Conhecer a realidade destas crianças e jovens faz toda diferença".
 
Segundo Constantino, privilegiar a educação dentro do contexto de recuperação da saúde faz da Escola Hospitalar "uma lição de vida, em que cada um é obrigado a por os pés no chão e repensar a própria vida".
 

 

Para saber mais sobre os trabalhos apresentados de Manoel Constantino acesse:

www.manoelconstantino.com.br

e-mail: vereador@manoelconstantino.com.br

tel: (13) 3219-6341