Vagas de estacionamento, pontos de ônibus e canoas geram dúvida

Programa Nova Ponta da Praia está há dois meses em obra

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Mesmo após receber plantas dos quatro trechos do Programa Nova Ponta da Praia e ter uma reunião com o gestor do projeto, o vereador Sadao Nakai terá de fazer, por requerimento, questionamentos a respeito da obra. Isso porque, até o momento, a Administração Municipal não respondeu objetivamente quantas vagas de carros serão suprimidas na orla, onde será o estacionamento de motos que hoje é em frente do Deck do Pescador, se haverá redução de pontos de ônibus e a quantidade de vagas para as canoas havaianas.

O novo requerimento de Sadao ocorre depois de as respostas dadas pelo gestor do projeto, o arquiteto Glaucus Farinello, não serem precisas. A começar pela quantidade de vagas para a parada de veículos. Na audiência pública organizada pelo vereador, no mês passado, o arquiteto anunciou que seriam eliminados cerca de 50 pontos de estacionamento, o que seria correspondente a 25% do total existente. 

Agora, ele não fala mais de números fechados. Ele garantiu que as 50 vagas existentes na lateral do Aquário Municipal, no sentido Ferry Boat, não serão alteradas, apesar de elas não estarem sinalizadas na planta enviada pelo poder público municipal às duas comissões especiais de vereadores que discutem o projeto - uma que debate soluções para os impactos provocados pela travessia Santos-Guarujá e outros temas relacionados ao viário da Ponta da Praia, e outra, que atua em legislações e temas referentes ao planejamento urbano. As duas comissões são presididas pelo vereador Sadao Nakai.

Outro ponto sobre o qual a Prefeitura não conseguiu dar uma resposta adequada tem relação com as 30 vagas para motocicletas que atualmente ficam próximo do Deck do Pescador. Recentemente, o grupo Amigos do Deck, que se reúne no ponto, procurou Sadao preocupado com a supressão das vagas no projeto. Eles congregam mais de 400 motociclistas da região, que se encontram para conversar e promover convivência. 

O representante da Prefeitura respondeu sobre a demanda de maneira vaga. Aos vereadores Sadao Nakai, Fabrício Cardoso e Geonísio Pereira, Farinello falou que seria possível estudar a criação de um horário específico para os motociclistas usarem as vagas de carros planejadas para o Deck, sem garantir como ficaria o lugar.

Ao ser questionado a respeito da supressão de paradas de ônibus na Avenida Saldanha da Gama, o representante da Prefeitura se limitou a dizer que a Companhia de Engenharia de Tráfego de Santos (CET/Santos) promoveu uma reorganização dos pontos na via, sem especificar se foram reduzidas paradas, quantas e quais. O gestor da obra só soube responder que foram mantidos os pontos em locais que recebem maior fluxo de pessoas, como o Deck do Pescador e a Ponte Edgard Perdigão.

Sadao também chamou a atenção para os espaços destinados às canoas havaianas no projeto. Nas plantas da Prefeitura só foi possível identificar 18 vagas para os equipamentos. No entanto, a Secretaria Municipal de Esportes (Semes), quando ainda era comandada por Sadao, apontou ao Masterplan que há ao menos 30 equipamentos operando no bairro. Por isso, o vereador defende que o projeto siga essa quantidade e leve em consideração a opinião dos instrutores, de modo a ter ângulos adequados para não gerar transtorno enquanto se coloca a embarcação no mar. 

Aos vereadores, o gestor da obra afirmou que falta definir a quantidade de canoas havaianas que serão depositadas no Deck do Pescador. Sem especificar qual será o modelo de gestão a ser adotado, Farinello defendeu que os responsáveis pelos equipamentos paguem algum tipo de contrapartida social ao município - ele citou aulas gratuitas para a comunidade carente como um exemplo. 

Para Sadao, é necessário ouvir mais e planejar melhor as decisões do projeto. “É possível pedir o levantamento para a Semes. Foi feito. Havia 30 canoas operando no município. Se não for feito de maneira adequada, esse é um problema que vai ficar para o município resolver. Tem que ouvir antes de sair fazendo a obra”, adverte.

Projeto

O Programa Nova Ponta da Praia foi anunciado pela Prefeitura em 18 de janeiro, com investimentos de cerca de R$ 130 milhões da iniciativa privada. O pacote de obras está dividido em dois termos de compromisso firmados com a iniciativa privada, com base na nova Lei de Uso e Ocupação do Solo (Lei Complementar 1006/2018) que permite alteração no uso do Núcleo de Intervenção e Diretrizes Estratégicas (Nide 4 – Sorocabana), onde está localizado o atual centro de convenções, e no Nide 6 (Clubes).
 






Assessoria do vereador Sadao
Gustavo T. de Miranda
 

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