Trecho 4 da Nova Ponta da Praia está indefinido

CET, Prefeitura e Dersa esperam planejamento consensual

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A Prefeitura de Santos e a Dersa ainda não bateram o martelo a respeito das obras da Nova Ponta da Praia, no Trecho 4, que envolve a construção de um novo centro de convenções e do Mercado de Peixe no bairro e a reformulação viária na área. A informação foi confirmada pelos representantes do Poder Executivo de Santos e da Dersa que participaram, nessa segunda-feira (dia 1), de reunião da Comissão Especial de Vereadores da Câmara (CEV) criada para discutir os Impactos provocados pela travessia Santos-Guarujá e outros temas relacionados ao viário da Ponta da Praia, presidida pelo vereador Sadao Nakai (PSDB).

Apesar de afirmar que a Dersa está alinhada com a Prefeitura no projeto, o gerente de Planejamento da estatal, Mauro Szwarcgun, afirmou que houve uma mudança de administração e que empresa está tomando pé das mudanças que vão acontecer e de que forma vai se adaptar ao projeto. “Esses entendimentos estão acontecendo e dentro do que está projetado, estamos vendo um consenso e um benefício geral”.

Segundo o gerente de planejamento da Dersa, a estatal não pode formalizar nenhuma autorização na área de sua operação. “Ela não tem titularidade dos espaços. Ela é uma permissionária da operação. Os espaços são da União, do DER. A Dersa foi muito incisiva em dizer que não está autorizando a obra porque ela não é a detentora dela. Isso não quer dizer que a obra não será feita”, afirmou Szwarcgun.

O próprio gestor do projeto Nova Ponta da Praia, o arquiteto Glaucus Farinello, admitiu que a Prefeitura ainda está recebendo sugestões da Dersa para fechar o traçado, sobretudo na área do bolsão de acesso à área operada pela empresa. “A Sedurb já está fazendo a adequação do projeto (com as últimas sugestões). Assim que se resolver isso, aí bate-se o martelo e vai discutir a operação de obra. A gente não vai sair fazendo antes de ter o planejamento consensual entre as três esferas, a CET, Prefeitura e Dersa”, cita

Para Sadao, o problema é que a Prefeitura já anunciou a obra, com prazo de entrega, sem ter cumprido todas as etapas de conversa com a sociedade. “Está na fase de planejamento ainda. A preocupação da comissão é a gente dar resposta aos moradores que ainda têm dúvidas. As pessoas vêem muitas obras que já foram anunciadas e não terminaram em seus prazos. Essa é uma obra que podia ter sido anunciada no dia 1º de maio, depois de ter sido amplamente discutida. Vocês ainda vão sentar com a Dersa para acertar o cronograma de obras no momento oportuno”, reclamou Sadao aos representantes do Executivo santista.

Além de Sadao, Farinello e Szwarcgun, participaram do evento os vereadores Fabrício Cardoso (PSB) e Geonísio Aguiar (PSDB), o secretário de Desenvolvimento Urbano, Julio Eduardo dos Santos, o presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego de Santos (CET/Santos), Rogério Vilani, pela Dersa, Ivson Teixeira da Rocha, entre outros.

Críticas

Membro da comissão, o vereador Fabrício Cardoso pediu transparência aos representantes da Prefeitura. “A gente quer responder com tranquilidade. Diversas vezes colocam a gente contra a parede e a gente ainda está esperando uma resposta”, citou.

Para o vereador Geonísio Aguiar, ninguém é contra a obra. “A gente precisa ter respostas quando é questionado. A nossa cidade é muito questionadora e cobra muito a Câmara”.


Balsas

Durante a reunião, Sadao reclamou a falta de uma solução definitiva para os problemas das balsas. “A minha maior dúvida ainda está no seguinte: a Prefeitura está ofertando um bolsão, quando a eficiência do sistema que depende da manutenção. São discussões que a gente não está tendo acesso. Para a Dersa é interessante que a Prefeitura disponibilize um bolsão maior, que hoje está travado lá no Canal 7. A cidade sempre paga pelo problema do serviço que precisa ser ofertado pela Dersa”.

Para o vereador, é importante que o Estado defina parâmetros caso, realmente, privatize os serviços da Dersa. “Tudo indica que o Estado vai querer privatizar. A minha preocupação é que isso tem que estar contemplado em um edital técnico. Tem que ter controle da temporização, da espera. Tem que ter sanção para quando não consegue cumprir. Senão o viário municipal vai ser sempre penalizado, enquanto não tiver lei para normatizar isso. Não pode deixar o município com sobrecarga”, pontua.


Assessoria do vereador Sadao Nakai

Gustavo T. de Miranda

13-97407-2070

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