A falta de leitos hospitalares na Baixada Santista e a necessidade de expansão da rede de saúde pública na região foram alguns dos problemas debatidos na audiência pública realizada nesta terça-feira, 28 de outubro, pela Comissão de Finanças e Orçamento (CFO) da Câmara de Santos.
A audiência apresentou a prestação de contas referente ao 2º quadrimestre de 2025 das Organizações Sociais (OS) responsáveis pela gestão de unidades de saúde do Município. Os participantes também apontaram a necessidade de melhor articulação entre os municípios e defenderam a criação de um consórcio regional de saúde.
O presidente da CFO, vereador Benedito Furtado (PSB), alertou para o risco de uso político das emendas parlamentares ao Orçamento (metade das quais deve se destinar à Saúde) e defendeu maior transparência na aplicação desses recursos.
Atendimento nas UPAs
Embora a gestão da saúde no Município tenha recebido elogios, a audiência destacou problemas de acolhimento e triagem nas UPAs, falta de profissionais experientes e necessidade de qualificação das equipes de pronto-atendimento.
“Quem vai a uma UPA vai extremamente fragilizado e o pessoal da linha de frente precisa ter sensibilidade para entender as coisas”, disse Furtado. “Os profissionais deveriam ser os mais bem qualificados; se tiver que pagar mais para garantir um bom atendimento, que se pague”, acrescentou.
Os dados sobre o desempenho das OS´s nos serviços de saúde durante o segundo quadrimestre (maio a agosto) foram apresentados pelo secretário municipal de Saúde, Fábio Lopez.
Também compuseram a mesa da audiência as diretoras administrativas da UPA Central, Maiane Araújo Correa, e da UPA Zona Noroeste, Vanessa Vargas, além da diretora da Clínica-Escola do Autista (CREM) Tamires Figueiredo.
Assista à íntegra da Audiência.