A vacinação contra a dengue em Santos alcançou apenas 32% do público-alvo na primeira dose e menos da metade desse grupo voltou às policlínicas para completar o ciclo vacinal com a segunda dose. O balanço foi feito nesta terça-feira, 19 de fevereiro, pelo secretário municipal de Saúde, Fábio Lopez, durante a audiência pública na Câmara de Santos para a prestação de contas do terceiro quadrimestre do Fundo Municipal de Saúde.
O secretário alertou para a tendência de aumento do número de casos da doença nas próximas semanas no Brasil e em São Paulo. O governo estadual decretou situação de emergência em saúde pública, devido à elevada incidência da doença no estado, com mais de 300 casos por 100 mil habitantes, em 225 municípios.
De acordo com o Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde (Nies), até o momento o Estado de São Paulo contabiliza 124 mil casos de dengue, com 113 óbitos. Ainda estão em investigação 233 óbitos.
Santos registrou 53 casos de dengue e dois de chikungunya neste ano. “Embora o número de casos seja relativamente baixo, vamos enfrentar uma guerra em relação a isso”, disse o secretário.
A Secretaria Municipal de Saúde vem realizando mutirões de combate ao
Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana. Muitos moradores, porém,
não permitem a entrada das equipes para vistoriar os imóveis e eliminar os focos do mosquito. Em 733 imóveis foi recusada a entrada dos agentes.
Outras vacinas
Fábio Lopez ressaltou a importância de pais e responsáveis levarem crianças e adolescentes para a imunização contra a dengue, que está sendo aplicada na faixa etária de 10 a 14 anos. A segunda dose deve ser aplicada 90 dias após a primeira.
Segundo o secretário, o Município também não atingiu as metas para as demais vacinas, embora tenha registrado índices expressivos de vacinação.
Estão abaixo das metas no Município as seguintes vacinas: hepatite B, rotavírus, febre amarela, poliomielite, pentavalente (contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e
Haemophilus influenzae B), tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), varicela, hepatite A infantil e DTP (que previne difteria, tétano e coqueluche).