Em celebração ao Julho Verde – mês de prevenção e alerta contra o câncer de cabeça e pescoço, a Câmara de Santos recebe na próxima segunda-feira, 28 de julho, sessão pública da campanha, criada em 2015 pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCPP).

O evento será realizado das 10h às 12h no Auditório Vereadora Zeny de Sá Goulart, da Câmara, e contará com a presença da presidente da SBCPP, a médica Fátima Cristina Mendes de Matos.

A realização da sessão pública tem o apoio da Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço (ACBG-Brasil), ONG que mobiliza pacientes e portadores de câncer de cabeça e pescoço.

Fatores de risco

De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer de laringe é o mais comum dentre os tumores malignos de cabeça e pescoço. Tireoide e cavidade oral também são áreas frequentemente atingidas pela neoplasia, que acomete principalmente homens acima de 40 anos.

A publicação Incidência de Câncer no Brasil – Estimativa 2023, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), aponta que, no triênio 2023-2025, estão previstos 7.790 casos novos de câncer de laringe no país, correspondendo ao risco estimado de 3,59 por 100 mil habitantes – sendo 6.570 casos em homens e 1.220 em mulheres.

Os principais fatores de risco para o câncer de cabeça e pescoço são tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e infecção por HPV.

"É importante que tenhamos campanhas educativas que incentivem a cessação do tabagismo, o não consumo de álcool e a vacinação contra o HPV como medidas fundamentais para a prevenção", aponta o coordenador-geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes) do Ministério da Saúde, José Barreto.

"Além disso, um acesso maior a exames de detecção precoce pode aumentar significativamente as chances de sucesso no tratamento e diminuir a mortalidade associada a esse tipo de câncer", complementa.

Em 2023, foram realizadas 13.661 cirurgias de câncer de cabeça e pescoço pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No mesmo ano, o número de quimioterapia e radioterapia chegou a 71.695 e 13.310, respectivamente. Dados preliminares apontam que, no ano passado, foram registrados 2.068 óbitos por neoplasia maligna da cabeça, face e pescoço. Foram 86 mortes a menos que em 2022, quando foram notificadas 2.154. A região com o maior índice de mortalidade é o Sudeste, com 1.004 casos.