Em Santos, boa parte dos moradores de rua pode ser vista, perambulando pelos bairros do Macuco, Paquetá e Vila Nova. As péssimas condições destas regiões acabam colaborando pela permanência deles nesses bairros. Imóveis abandonados, ruas mal iluminadas e sem a devida conservação, trechos repletos de lixo e caminhões estacionados e em estado de deterioração, têm contribuído para a concentração dessas pessoas, historicamente à margem das prioridades dos poderes públicos.

No Macuco, por exemplo, devido ao consumo de bebidas alcoólicas e entorpecentes, essa população promove algazarras e brigas na linha férrea. Na Praça Palmares é comum vê-los dormindo, seja de dia ou à noite. A prefeitura, por meio da Secretaria de Ação Social (Seas), disponibiliza assistência, como: triagem, higienização, abrigos de curta duração, oficinas sócio educativas, documentação e retorno às cidades de origem, além de atendimento psicossocial quanto ao uso de consumo de crack e outras drogas. Muitos, no entanto, recusam o atendimento.

Algumas instituições beneficentes estão localizadas próximas a esses bairros, oferecendo inclusive, café da manhã e almoço. Alimentados, para muitos, não lhes restam outra alternativa, a não ser perambular pelas ruas.

Recentemente a Associação de Moradores do Bairro Macuco promoveu um encontro para tratar do tema: População de Rua. A reunião contou com participação do psicólogo, Edmilson Brito, da (Seas) e Raquel Dias, assistente social da Associação Prato de Sopa. Para Raquel, o santista tem por hábito dar esmolas, o que segundo ela, ao contrário do que muita gente pensa, não está ajudando. “Moradores de rua de outros municípios são atraídos para Santos diante da facilidade que o santista tem em dar dinheiro e, por estar disponível uma ampla rede de assistência social”, afirmou.

Na Câmara, o vereador Benedito Furtado (PSB), tem apresentado vários requerimentos solicitando providências à prefeitura no que diz respeito à manutenção do Macuco. “No tocante a segurança e a população de rua, participei recentemente, de uma reunião promovida pela Associação. Na ocasião, foi cogitado criar uma força tarefa envolvendo a Seas e a Secretaria de Segurança”. O parlamentar afirma que, infelizmente o problema persiste. Ele defende uma ação mais enérgica por parte dos poderes públicos, como forma de devolver a tranquilidade aos moradores .

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Vereador Benedito Furtado