Proibida utilização de vidros reflexivos

PLC de Furtado foi aprovado em primeira discussão

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A Câmara Municipal de Santos aprovou, na sessão de ontem (30/10), em segunda e última discussão, projeto de lei complementar que proíbe a utilização de vidros reflexivos ou espelhados em novas edificações. A matéria segue agora para sanção, ou veto, do prefeito.

De autoria do vereador Benedito Furtado (PSB), presidente da Comissão Permanente do Verde, do Meio Ambiente e da Proteção à Vida Animal, a propositura abre brecha para que as construtoras utilizem o material, desde que utilizem adesivos ou outros produtos que eliminem o efeito reflexivo ou espelhado.

Segundo o parlamentar, o objetivo da proposta é evitar a morte de diversas aves, que acabam colidindo contra este tipo de proteção. As paredes, janelas e fachadas com vidros reflexivos ou transparentes refletem a paisagem ao redor confundindo aves e alguns morcegos com sonar um pouco desenvolvido, pois lhe dão a falsa impressão de passagem livre.

Estudos realizados por organizações ambientais apontam que milhares de pássaros são vítimas desta opção arquitetônica. "As construtoras poderiam utilizar, nos novos edifícios, vidros pintados, com nervuras, opacos ou com superfícies envidraçadas de preferência com ângulo inclinado, em vez de reto. Essas medidas permitiriam que estes animais pudessem diferenciar a superfície envidraçada da realidade, evitando muitas mortes", afirma Furtado.

Há cerca de dois anos, um protesto organizado por diversas entidades ligadas à proteção e o bem-estar animal, contra o projeto arquitetônico da Concha Acústica, um dos principais pontos culturais e turísticos da cidade, motivou o vereador a apresentar este projeto.

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