Numa das audiências públicas mais disputadas dos últimos tempo no Legislativo santista, movimentos ligados ao transporte coletivo, estudantes e usuários da Viação Piracicabana questionaram a CET - Companhia de Engenharia de Tráfego de Santos e a Prefeitura sobre questões como tarifa, trajetos, qualidade dos ônibus entre outros itens. Cerca de 150 pessoas participaram do encontro, realizado no auditório da Câmara.

A audiência, que durou mais de três horas, se prolongando até as 23 horas, foi convocada pelo vereador Adilson Junior (PT), presidente da Comissão de Transportes e Trânsito da Câmara de Santos. "Convoquei esta audiência para que pudesse haver maior transparência na questão da tarifa, atendendo movimentos populares que estiveram no Plenário da Câmara no último dia 2 e questionaram o Legislativo. "Também luto por maior transparência ", afirmou o parlamentar.

Coube ao vereador Adilson Junior presidir a mesa da audiência, que teve ainda a participação do vereador Arlindo Gomes (PSDB), membro da Comissão de Transporte e Trânsito, do presidente da CET, Rogério Crantschaninov, e o secretário de Governo, Márcio Lara. Após apresentação de alguns dos parâmetros que definem o valor da tarifa, o público pode perguntar o que quis para o presidente da CET. Como era de se esperar, as primeiras perguntas criticavam o valor da tarifa  de       R$ 2,90, considerado alto.

Numa delas, um estudante quis saber quando que haveria o bilhete único, já utliizado na Capital, por exemppo, e que permite ao usuário utilizar mais de um coletivo dentro de um período de três horas. " Tenho um projeto aqui na casa que institui o bilhete único ", lembrou Adilson Junior. A CET ainda realiza estudos sobre a implantação do bilhete único e o presidente da companhia lembrou que este modelo de transporte será incentivado pelo Governo Federal, conforme prevê projeto neste sentido que tramita no Senado.

William Faustino, um dos que perguntaram,  reclamou da falta de cobradores e da segurança nos ônibus. O presidente da CET quis saber qual a linha que ele tomava para tomar providências. Inilza Rosa, moradora do Jardim Rádio Clube, lembrou das dificuldades por que passam mulheres que trabalham como agentes do transporte na Piracicabana e motoristas. "Elas não têm banheiros para utilizar nem no ponto final ", disse. "Quando serão instalados banheiros químicos? ", questionou.

Jonatan Aguiar sugeriu que ônibus articulados sejam empregados em linhas principais, como a 154, 191, porque eles sempre estão lotados nos horários de pico (manhã e final de tarde). Todas as reclamações foram anotadas pelos participantes da mesa da audiência,  que prometeram respostas. " Tivemos um verdaderio exercídio de cidadania e democracia aqui hoje. Espero que esta audiência tenha contribuído para melhoras futuras no nosso transporte ", disse Adilson Junior ao final da programação.

Já na tarde de quarta-feira, Adilson Junior presidiu mais uma audiência pública, dessa vez como presidente da Comissão Especial do Idoso, também no auditório do Legislativo.