A Comissão de Assuntos Portuários e Maritimos da Câmara de Santos, presidida pelo Vereador Zequinha Teixeira (PSD), realizou, na segunda-feira (18/09), audiência pública que discutiu e debateu a queda de mais de 40 contêineres do navio LOG IN Pantanal no mar.

 

No encontro estiveram presentes Marcos Libório, Secretário de Meio Ambiente de Santos, Mauro Haddad, Secretário de Meio Ambiente de Cubatão e representante da Agência Metropolitana da Baixada Santista (AGEM), Daniel Alves dos Santos, representante da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), Osvaldo Freitas Vale Barbosa, representante da Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP), Eduardo Simeone e Osvaldo Samarco do departamento Jurídico da LOG IN e Ricardo Martins, representante da seguradora responsável pelo navio (PROINDE).
 

“Foi uma excelente oportunidade para esclarecer o ocorrido. A participação dos responsáveis pela embarcação também acrescentou bastante ao debate. Por outro lado me preocupa uma das conclusões da audiência pública que é a falta de comunicação entre os órgãos do governo (Secretaria Municipal de Meio Ambiente, CETESB, CODESP, ANTAQ etc) responsáveis pela gerencia de risco no caso de acidentes da navegação”, declarou o vereador Zequinha.
 

Já o advogado da LOG IN, Eduardo Simeone, ressaltou a seriedade e o empenho da empresa para localizar os contêineres. "Só em 2017 a empresa fez 130 escalas e movimentou 65 mil contêineres. A LOG IN está inserida na comunidade. O acidente foi algo sem precedentes durante esses 10 anos de atuação da empresa. Não estamos economizando esforços para atender o ocorrido. Trabalhamos em três frentes para solucionar o problema. A primeira foi atracar o navio com segurança. As outras duas frentes permanecem, uma delas relacionada a busca visual das unidades e do material que foi ao mar. A terceira frente de trabalho está relacionada a busca dos contêineres que estão submersos", explicou Simeone.
 

Ricardo Martins, sócio diretor da PROIND e correspondente do seguro da embarcação explicou que o fato de muitos contêineres terem sido arrombados complicou ainda mais a situação. "Pouquíssimos contêineres haviam se quebrado na queda, mas como eles foram arrombados por diversas embarcações estranhas, a carga se espalhou no mar. Identificamos resíduos em uma faixa de 500 km. Dos 46 contêineres que foram ao mar, quatro já foram resgatados. Com o mapeamento já realizado, temos outros 17 pontos submersos identificados onde podem estar os outros equipamentos", explicou o diretor.
 

Para o Secretário de Meio Ambiente de Santos Marcos Libório, o acidente mostrou a fragilidade na comunicação entre os diversos órgãos. "Desde que aconteceu o acidente realizamos várias reuniões com as Prefeituras da região. Precisamos estabelecer uma forma protocolar de comunicação para estes eventos emergenciais", comentou Libório.
 

Ao contrário da CODESP e da Prefeitura de Santos que garantiram ter recebido todas as informações solicitadas a LOG IN, a ANTAQ informou, através de seu representante, que não recebeu os documentos requisitados, em especial sobre o conteúdo da carga. "Tentamos diverso contatos com a empresa no Rio de Janeiro. Infelizmente não fomos atendidos. Já oficiamos a companhia duas vezes e ela não nos respondeu com as informações da carga. Inclusive, se não responder até a data de hoje, será autuada pela Agência", destacou Daniel Alves dos Santos.