A Câmara Municipal de Santos voltou a debater a situação caótica do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD). O Requerimento 7725/2019, que questiona a transferência do serviço para um imóvel adequado, foi aprovado em Plenário e aguarda uma resposta do Executivo.

 

O equipamento, que está em caráter provisório há quase nove anos em um imóvel na Rua Silva Jardim, nº 354, no bairro do Macuco, apresenta inúmeros problemas estruturais que comprometem os atendimentos no local. A situação já foi levada ao Plenário em maio passado, entretanto, nenhuma providência foi adotada no local a fim de melhorar as condições.

 

Após visitar o equipamento pela segunda vez, o vereador Fabrício Cardoso solicitou, novamente, estudos para que o CAPS AD seja transferido para outro imóvel o quanto antes. “No documento apresentado questionei se há estudos para que esse CAPS seja transferido, em caráter de urgência, para outro imóvel, tendo em vista que, atualmente, são gastos R$ 7.259,50 por mês de aluguel numa casa que não possui condições. Esse equipamento possui problemas que vão desde a falta de zeladoria, até o fechamento da farmácia e da enfermaria pela ANVISA devido às condições insalubres. Essa solicitação foi feita para que os funcionários tenham condições de atender os pacientes da melhor maneira possível, o que hoje é impossível”, afirmou.

 

Ainda segundo o parlamentar, o quadro efetivo do CAPS é insuficiente para a atual demanda e há muitas queixas de falta de segurança no local, que já sofreu invasões durante a noite. “Há a necessidade urgente de uma reestruturação da rede, pois a estrutura dos CAPS encolheu e a demanda aumentou nos últimos 20 anos. Há pouca alta médica, pois o tratamento é longo e os recursos humanos estão diminuindo. É preciso que sejam tomadas providências urgentes nesse equipamento ou a transferência para um outro imóvel mais adequado a fim de garantir a efetividade do serviço”.

 

 

CAPS Centro e mais problemas estruturais

 

O CAPS Centro, localizado na Av. Rodrigues Alves, nº 236, também no Macuco, é outro equipamento que sofre com problemas estruturais. A farmácia da unidade armazena, em um mesmo espaço, tanto os medicamentos da própria unidade quanto os do CAPS AD, que está interditada.

 

Outras situações encontradas por Fabrício Cardoso no local foram: falta de medicamentos, quadro insuficiente de funcionários e ainda questões de zeladoria. “Todas essas situações foram questionadas em Sessão Plenária na Câmara Municipal de Santos e agora sigo acompanhando e aguardando por providências por parte do Executivo”, finalizou.