O vereador Chico Nogueira (PT) reuniu historiadores, arquitetos, urbanistas, arquivistas, munícipes e representantes da Prefeitura em audiência pública sobre o abandono do Patrimônio Histórico Edificado e Documental de Santos.
Pensando na importância em preservar documentos históricos e edificações como o Outeiro de Santa Catarina, a Casa de Frontaria Azulada e a Casa do Trem Bélico, o vereador Chico Nogueira solicitou a Audiência Publica, realizada nesta quarta-feira (15), no Auditório Zeny de Sá Goulart, na Câmara Municipal.
A principal queixa dos participantes se refere à degradação e à falta de políticas públicas para a preservação de um acervo que ajuda a contar a história do país. Prédios e monumentos centenários, localizados no Centro da Cidade, estão destruídos, invadidos e sem verba para obras de restauro.
"Não temos dúvida de que a praia, como bem natural, é o nosso maior atrativo em termos de turismo. Mas com mais de 500 anos de história, o município não pode ser resumido a uma estância que só oferece sol e mar. Santos é uma das cidades mais antigas do país e guarda um patrimônio documental e edificado de grande valor e deve ser um compromisso de todos os entes envolvidos na conservação e na gestão tornar este acervo cultural acessível à comunidade residente e aos visitantes”, disse o Nogueira ao iniciar o evento.
Segundo Maurício Azenha, coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIP, a condição do patrimônio histórico da cidade é decorrente dos limites impostos pela legislação de 1968, que impede a construção de moradias na região. Para ele, “qualquer bairro onde não existe habitação, a degradação é inevitável”.
A Professora do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e Doutora em História Social pela USP, Ana Maria Almeida Camargo, declarou que a Associação Nacional de Arquivistas recebeu com perplexidade informações sobre o desmonte dos arquivos da cidade. “Santos fez um trabalho inovador ao recuperar o Outeiro de Santa Catarina para abrigar os documentos históricos”. A iniciativa serviu de exemplo para outras cidades interessadas em montar os seus acervos. “Este sucateamento é chocante””, disse ela.
Sérgio Williams, da Fundação Arquivo e Memória de Santos (FAMS), participou do encontro em nome do governo municipal foi questionado sobre a postura da administração e garantiu que providências estão sendo tomadas para corrigir o problema.
No encerramento da audiência, o vereador Chico Nogueira propôs a formação de uma comissão para o acompanhamento das iniciativas anunciadas pelo representante da Prefeitura para a recuperação do Patrimônio Histórico Edificado e Documental de Santos.
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