A vereadora Telma de Souza quer saber o motivo pelo qual a Prefeitura de Santos abriu pregão para compra de asfalto dois dias após anunciar a venda da Usina da Prodesan que produz o material. A parlamentar considera um contrassenso a estratégia, pois, segundo ela apresentou em requerimento, a Administração poderia dar a possibilidade da empresa municipal participar da disputa pelo fornecimento.

A Prefeitura anunciou a venda da Usina da Prodesan, entre outros imóveis municipais, no dia 19 de setembro. Mas apenas dois dias depois, publicou a realização do pregão 13058 para a aquisição de concreto asfáltico usinado, para a manutenção das vias públicas nas zonas Leste, Noroeste, Intermediária, Central, Morros e Área Continental.

"É um contrassenso essa postura da Prefeitura. Por que abrir o pregão só depois de anunciar a venda da Usina? Por que não dar a possibilidade à Prodesan, que é uma empresa municipal, de fornecer o material que produz? A estratégia adotada pela Prefeitura é questionável, pois, se há a produção de asfalto em uma unidade da Cidade, e não se utiliza, preferindo vender a estrutura, deveria se priorizar a competitividade do serviço público", analisa Telma.

A vereadora vem cobrando a Prefeitura sobre a modernização e valorização da Usina da Prodesan desde o início deste mandato. Em fevereiro, ela já tinha apresentado requerimento que cobra respostas da Prefeitura de Santos e soluções para o problema, pois os funcionários da Usina estavam vivendo com preocupação, incerteza e insegurança pela falta de informações sobre o que irá acontecer com o equipamento.

Para complicar ainda mais esse quadro, há inúmeras denúncias de que a empresa estaria produzindo bem menos do que a sua capacidade, ao mesmo tempo em que Poder Executivo adquire massa asfáltica de outros fornecedores, num processo de sucateamento e desvalorização da Usina e seus funcionários, segundo relatos.

Foto: Rê Sarmento (PMS)




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