Vereadora participa da luta pela manutenção de escolas estaduais em Santos

Telma já tinha liderado mobilização contra o fechamento de escolas em 2013

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Assim como em 2013, quando o Governo do Estado anunciou o plano de fechamento de escolas na Baixada Santista, a vereadora de Santos Telma de Souza, à época como deputada estadual, está na luta contra o desmonte educacional da Região. Telma foi a única autoridade política local a estar ao lado de professores, pais e alunos, na manhã desta quinta-feira (05/10), na manifestação contra a decisão em frente à Diretoria Regional de Ensino. A parlamentar apresentará o pedido de uma audiência pública para sensibilizar o Estado contra o seu objetivo.

O Governo do Estado planeja acabar com as escolas Cléobulo Amazonas Duarte e Braz Cubas, em Santos, a partir de 2018. A alegação seria baixa frequência de alunos nas unidades. Telma lembra que, em 2014, a Secretaria Estadual de Educação utilizava argumento da mesma natureza, mas também insuficiente: que não havia alunos interessados para rematrícula. No fundo, tratava-se de um plano para transferir a Diretoria de Ensino para parte do prédio do Cleóbulo.

“Há pouco mais de dois anos, como deputada estadual, conseguimos impedir o fechamento do Cleóbulo e do Ablas Filho, mostrando para o Estado que prejudicar a Educação é um crime de lesa pátria e que escolas não fecham, se abrem.  Na ocasião, promovemos uma mobilização com professores, pais e alunos, que pressionou e levou o Estado a rever àquela decisão”, destaca Telma, que novamente teve o apoio da presidente Apeoesp, Maria Izabel de Azevedo Noronha, a Bebel, no ato.

A vereadora critica, ainda, a visão obtusa da Secretaria de Educação sobre o problema. Para ela, se há redução de alunos, cabe ao governo estadual diagnosticar os motivos para a evasão escolar, e não desmontar as escolas. “É uma questão de prioridade: tornar a escola atrativa e necessária, para evidenciar que a Educação e a qualificação são as melhores opções para a formação, ou dificultar o acesso e expulsar quem está presente? Parece-me que, para o governo paulista, é melhor que não tenha jovens qualificados”.

Telma ainda recorda que, em 2014, ao ser chamada pelo então secretário de Educação do Estado, Herman Voolward, para negociar a manutenção do Cleóbulo e do Ablas Filho, foi acertado o desenvolvimento de um plano de reestruturação das duas escolas, o que nunca foi feito. “A lógica do governo do Estado é a mesma: precarizar, fechar e vender a área, que, em geral, são de escolas bem localizadas”.

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