Assim como já vem fazendo nas audiências de apresentação dos trabalhos de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Baixada Santista, o vereador Murilo Barletta (PR) voltou a defender a reformulação do traçado da segunda etapa dos trabalhos (Avenida Conselheiro Nébias/Valongo), durante novo encontro na última terça-feira (dia 21 de maio), na Câmara de Santos. Na ocasião, o parlamentar apresentou uma alternativa que ligaria São Vicente a Santos pela Avenida Nossa Senhora de Fátima, na Zona Noroeste.

“Primeiro que não há demanda justificável para esse trajeto. Além disso, as duas pistas da Conselheiro (avenida) são estreitas para acomodar os vagões e estações, interferindo substancialmente na trafegabilidade da via, anulando a possível construção futura de uma ciclovia, e levando desvalorização para os proprietários de imóveis e prejuízo para o comércio, ali e nas ruas General Câmara e Amador Bueno. Cito como exemplo o que aconteceu na Avenida Santo Amaro, em São Paulo”, argumentou o vereador.

E para chegar ao Valongo, emenda Barletta, “a proposta é de que os vagões sigam pela Rua do Comércio, o que, no meu entender, é um crime, pois além de depreciar a região, em vários trechos o VLT encontrará com o trajeto do bonde, o que, por si só, já inviabilizaria o traçado. Essa segunda etapa não atende à nossa cidade e seria uma infelicidade a sua implantação da forma proposta”, ressaltou ele, lembrando que existem também as intervenções em sítios arqueológicos e a necessidade de desapropriações.

Alternativa
Durante a audiência, Barletta defendeu sua proposta e destacou os pontos críticos da segunda etapa do projeto da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), que ligaria a Avenida Conselheiro Nébias ao Centro Histórico. Por meio de slides e vídeos, o vereador apresentou a possibilidade do VLT ligar São Vicente e o Centro de Santos pela Zona Noroeste, e, posteriormente, margear a Avenida Perimetral até chegar à Ponta da Praia, formando um grande anel viário.

Ainda pela ideia do parlamentar, esse traçado não só interligaria o VLT a um novo projeto para as linhas de ônibus convencionais urbanos como às estações de travessia por barcas entre Santos e Vicente de Carvalho (Guarujá) e os terminais de balsas para bicicletas e barcas de passageiros, na Ponta da Praia.

Barletta sugeriu, inclusive, que uma vez não sendo possível implantar os trilhos terrestres fosse criado um corredor elevado, a exemplo do que existe na Capital paulista e do que se vislumbra construir na cidade do Rio de Janeiro.

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