Não é novidade que a tecnologia pode ser uma ferramenta bastante útil no desenvolvimento pedagógico. Todos sabem dos benefícios que computadores, internet, tablets e celulares podem trazer, quando utilizados de forma educativa. Entretanto, assim como o uso desses equipamentos pode garantir a atenção de uma nova geração hightech, pode prejudicar o aprendizado e o aproveitamento quando manipulados em excessivo número de horas e em local e período inadequados.

Com essa visão, o vereador Antonio Carlos Banha Joaquim (PMDB) apresentou à Câmara de Santos proposta que visa coibir oficialmente o uso de aparelhos celulares em unidades escolares da rede municipal. A medida regulamenta a manipulação desses equipamentos dentro da sala de aula, iniciativa inédita até então na cidade.

De acordo com o parlamentar, a decisão de apresentar uma legislação que proíba o uso de celulares em sala de aula surgiu da preocupação gerada por relatos de professores e alunos de como é comum o uso do celular dentro das salas de aulas. “Segundo professores é constante a troca de “torpedos” entre alunos dentro da sala de aula e também para amigos de outras salas. Também há indicativos de muitos que utilizam o telefone para jogar, já que praticamente todos os modelos trazem opções de vários games”, explica. 

Para Banha, a questão da segurança e do direito dos pais entrarem em contato com seus filhos, não serve de justificativa para o uso de celulares em salas de aulas. Ele lembra que as escolas, em geral, dispõem de telefones fixos, que em caso de urgência poderá ser usado pelos pais a fim de localizar seus filhos. “É necessário priorizar o desenvolvimento e a concentração dos alunos na escola”, afirma.

De acordo com o projeto de Banha, as escolas deverão afixar avisos em local visível nas salas de aula, divulgando aos alunos a proibição a que se refere a lei. “A escola deve se esforçar para coibir o uso de aparelhos celulares nas salas de aula. Temos a obrigação de orientar nossas crianças e adolescentes e alertar sobre os riscos e perigos do não aproveitamento escolar integral”.

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