Um marco para que não se esqueça a repressão

Vereador pede indicativo no Porto na direção em que ficou o Raul Soares

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Um grande mal não se esquece facilmente. Provavelmente nunca. Ainda mais quando é fruto de uma repressão raivosa, injustificada. É o caso da embarcação Raul Soares, utilizado como navio-prisão, fundeado no Canal de Estuário santista em abril de 1964. Para que ninguém esqueça, mesmo se quiser, o Vereador Braz Antunes Mattos Neto (PSD) apresentou requerimento solicitando que seja instalado um marco alusivo ao fato no Porto de Santos, na direção do local em que o navio ficava.
 
O Raul Soares é um dos maiores e mais significativos símbolos da repressão que se abateu sobre a população santista durante o golpe militar. Sua utilização como cárcere flutuante  foi motivo até de investigação pela Comissão Nacional da Verdade.
 
Santos foi o primeiro alvo do golpe militar, por causa da existência de um grande número de militantes de esquerda, sindicalistas combativos e por abrigar o maior Porto da América Latina. Razões ideológicas e econômicas, logicamente...
 
Forças militares tomaram o controle do Porto e prenderam lideranças trabalhistas e politicas. Foi o marco inicial da repressão e da tortura, desmontando-se a versão oficial de que a repressão só aconteceu a partir de 1968. Documentos do Departamento de Estado dos Estados Unidos demonstram que uma frota americana estava fundeada ao largo, preparada para agir se as tropas brasileiras não conseguissem dominar a Cidade.
 
Santos foi taxada como zona de segurança nacional, o prefeito José Gomes foi preso e cassado. A cidade perdeu sua autonomia. E sua economia.
 
São fatos para serem lembrados sempre. E agora, quando se completaram 53 anos da chegada do Raul Soares, é preciso que todos saibam o que aconteceu.



Assessoria do Vereador Braz Antunes
(13) 3219-6391