Santos recebe pela primeira vez a EndoMarcha pela conscientização

Iniciativa tem o apoio da vereadora Audrey Kleys

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Os números da endometriose na Baixada Santista assustam: 50 mil mulheres têm a doença e não há tratamento oferecido pelo SUS  na região. No Brasil, a estimativa é que esse número seja superior a 6 milhões de portadoras! Para chamar a atenção para esses dados acontece pela primeira vez em Santos, a EndoMarcha,  marcada para o dia 30 de março. Nesta data, mulheres de 20 cidades do Brasil e também mais de 70 países, estarão unidas para reforçar a conscientização sobre endometriose.

Aqui, o movimento está sendo organizado por Flávia Marcelino da Silva, representante do grupo EndoMulheres BS. “Juntos estaremos numa só voz marchando pela conscientização,  divulgação e solicitação de verba para  tratamento da doença pelo SUS na nossa região” , afirma Flávia.
A coordenadora conta com o apoio do legislativo santista, por meio da vereadora Audrey Kleys, presidente da Comissão dos Direitos da Mulher.

Desde o ano passado, Audrey tem levado o assunto para o conhecimento de representantes da saúde. Em visita à Brasília, foi ao Ministério da Saúde, expor o problema e todas as dificuldades em relação ao tratamento. Levou também a ideia ao secretário de saúde, Fábio Ferraz, indicando inclusive parte da emenda parlamentar para o fortalecimento da ação e realizou ainda uma audiência pública reunindo especialistas para falar do assunto. Na câmara, para dar visibilidade, encaminhou um projeto de lei incluindo no Calendário Oficial da Cidade o mês de março como de “Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose”, que foi aprovado e sancionado pelo prefeito municipal. “Vamos unir forças para cobrar políticas públicas para um tratamento digno da doença. Essa caminhada será de extrema importância pois muitas mulheres sofrem com a endometriose, mas ainda não receberam o diagnóstico correto. Por isso, chamamos mulheres, homens, crianças, enfim, toda a família para este movimento” , conclui Audrey.

Endometriose
Endometriose é uma condição na qual o endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero, cresce em outras regiões do corpo. Alguns sintomas da doença são: dores no período menstrual, infertilidade e dores nas relações sexuais com penetração.
Essa formação de tecido ectópico normalmente ocorre na região pélvica, fora do útero, nos ovários, no intestino, no reto, na bexiga e no peritônio, delicada membrana que reveste a pélvis. Entretanto, esse tecido também pode crescer em outras partes do corpo.

A endometriose e a infertilidade estão associadas em 50% dos casos, ou seja, 50% das mulheres com endometriose têm infertilidade e 50% do casos de infertilidade feminina podem ter a endometriose como uma das principais causas. (4,5)
A endometriose é capaz de afetar até mesmo órgãos distantes como o pulmão e o cérebro. No entanto, é importante destacar que, a doença não se espalha como um câncer, ou seja, a ocorrência em outras regiões não é sinal de agravamento, uma mulher, inclusive, pode ter endometriose apenas no intestino, por exemplo.

A explicação para o fenômeno é simples: embora a grande maioria dos episódios seja causado pela regurgitação do sangue menstrual nas proximidades do útero, em algumas situações os focos são transportados diretamente pelo sangue.
Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/temas/endometriose

Serviço
A 1ª EndoMarcha acontece no próximo sábado, dia 30, com concentração a partir das 9 da manhã, na Praia do Boqueirão, em frente à Avenida Conselheiro Nébias. Para participar basta vestir uma camisa amarela. A caminhada vai até a Concha Acústica onde acontecem palestras, apresentações musicais e muitos serviços.
A EndoMarcha – EndoMarch - foi idealizada em 2014 para dar voz às milhões de mulheres que sofrem com a doença, um movimento de empoderamento feminino – das 20 cidades 17 são coordenadas por endomulheres -  e desde a primeira edição, o Brasil é o país com mais cidades inscritas no mundo todo. O movimento ocorre em março, mundialmente reconhecido como o Mês de Conscientização da Endometriose. “No Brasil, a cada ano essa participação aumenta mais. Em 2014, por exemplo, tivemos em quatro cidades. Em seis anos, o Time Brasil quintuplicou a EndoMarcha no país”, comemora Caroline Salazar, capitã brasileira da EndoMarcha. A partir do movimento, leis com foco na conscientização e disseminação de informações sobre a doença já começam a surgir. “Isso é bom não só para as portadoras, mas também para os médicos, uma vez que faz com
que o acesso à informação sobre a endometriose seja maior”, pontua.