Ritalina é atual preocupação de psicólogos

Segundo psicólogas, o remédio pode prejudicar gerações

Compartilhe!

3 curtiram
Na tarde de quarta feira (29/11), o vereador Geonísio P. Aguiar (Boquinha) fez uma audiência pública para abordar o tema "Medicalização da Vida: uma questão de saúde, educação ou política?". Na ocasião, a mesa estava composta por vários profissionais da área, como a professora adjunta do curso de Psicologia da Umifesp, Jaqueline Kalmus; professora titular de psicologia da Universidade de São Paulo (USP), Marilene Proença; assistente doutora do Curso de Fonoaudiologia da PUC, Maria Lúcia Age Masini; professora mestre de psicologia da UniSantos, Lumena Celi Teixeira e a psicóloga do Conselho Regional de Psicologia (CRP/SP), Alexandra Lelis dos Santos.

"A palestra foi rica em informações para podermos acrescentar novas ideias e compartilhar esses novos estudos", afirma o vereador Boquinha. A medicalização é um processo que transforma questões "não médicas", em problemas médicos. Ou seja, quando a pessoa passa a tomar remédios por qualquer motivo ou qualquer sentimento que esteja sentindo no momento, acaba virando um processo de medicalização.

Segundo as psicólogas, as pessoas não estão sabendo mais lidar com seus sentimentos, pois tudo acaba virando motivo para tomar um simples medicamento. Todas as profissionais compartilharam histórias de alguns de pacientes e mostraram que a medicalização nas escolas, já se tornou um problema social. "A Baixada Santista está crescendo com o laudo de autismo, logo o medicamento do metilfenidato (ritalina) também cresce. Porém, o que poucos compreendem é que nem sempre as crianças e adolescentes que estão laudadas com algum tipo de transtorno precisam necessariamente do remédio", declara a Jaqueline Kalmus.

Lumena compartilhou um pouco da sua pesquisa na audiência e mostrou que o Estado de São Paulo está em 1º lugar como um dos  maiores compradores de ritalina. "Eu fiz uma pesquisa, fui em uma classe de alunos e perguntei quem usufruía do remédio controlado, metade das crianças levantaram a mão. E isso me deixou bem assustada!", relata.

Além disso, as psicólogas compartilharam a preocupação futura, no qual estudos mostram que a ritalina pode afetar e prejudicar essas crianças e adolescentes na vida adulta, como corrosão do caráter e formação de bioidentidades.

"A nossa meta agora é compartilhar esses estudos e essa preocupação, com educadores da saúde, educação e com a sociedade. Pois isso já se tornou uma preocupação para toda a sociedade em que estamos vivendo e precisamos mostrar isso o quanto antes, para não prejudicarmos ainda mais nossas futuras gerações", confirma Marilene.





Gabinete do Vereador Geonísio P.  Aguiar (Boquinha)
Assessora de Imprensa: Sara Hoffmann
(MTB 0084250/SP)

Álbum de Fotos