Redução de tarifas em Santos

Telma defende desconto no óleo diesel

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A vereadora e ex-prefeita de Santos, Telma de Souza, defende que a Prefeitura faça um novo cálculo da tarifa de ônibus na Cidade, diante da redução anunciada do litro do diesel pelo Governo Federal. De acordo com a vereadora, por conta da redução do custo do combustível, é obrigatória a diminuição do valor cobrado pela concessionária para a passagem nos ônibus municipais.

A avaliação da ex-prefeita é decorrente da redução de R$ 0,46 no litro do óleo diesel, válida por 60 dias, conforme anúncio do governo Temer. Segundo ela, o abatimento é possível, pois a justificativa da concessionária para a última elevação da tarifa, para os atuais R$ 4,05, se deu pelo aumento de 9,2% no preço do óleo diesel nos 12 meses anteriores.

Em resposta ao requerimento 448/2018, em março último, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET, que concede o transporte coletivo à empresa Piracicabana) informou que o combustível correspondia a 19,14% do custo da tarifa, cujo impacto anual é da ordem R$ 2,1 milhões.

“Se a justificativa para aumentar a passagem é o aumento do litro do diesel, quando há um desconto imposto pelo governo sob o combustível, a empresa tem que abaixar a tarifa. É uma questão de justiça”, avalia Telma.

A vereadora ressalta, ainda, que o provável aumento no número de usuários do sistema coletivo é outro fator que corrobora para a redução do valor cobrado nas catracas. Ela se baseia na justificativa da CET e da Piracicabana que aponta uma redução de 11% no número de passageiros transportados e, por isso, a necessidade de cobrar mais para balancear o contrato. “Neste momento, se as pessoas têm menos opções para transporte, por não ter combustível como álcool e gasolina, mais pessoas estão andando de ônibus. Além disso, havendo 30% menos ônibus nas ruas, a empresa está tendo menos custos, inclusive com o diesel, neste período, pois o trabalhador que usa regularmente o coletivo continua usando”.

Telma ainda defenderá que a Prefeitura de Santos promova a redução do valor do contrato para o fornecimento de diesel para os seus veículos próprios, como ambulâncias, caminhões, ônibus escolares, entre outros. Há um ano, a Prefeitura mantém contrato com uma empresa chamada Prime, no valor de R$ 2,4 milhões, para o fornecimento de 880 mil litros de diesel por 24 meses, sendo R$ 2,759 o pago pelo litro. “É outro caso: se o diesel ficará mais barato neste período, o valor pago também tem que ser menor”, pondera a ex-prefeita.

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