Consolidado no Rio de Janeiro e em praias do Sul do Brasil, o Surf Bus é um serviço que tem saídas diárias com horários e roteiro pré-definidos, transportando os turistas e moradores que residam longe da praia e suas pranchas de surf, bodyboard, longboard ou standup à orla, proporcionando mobilidade, incentivo ao esporte e inclusão.
Em Santos, entretanto, esse serviço pode representar muito mais do que transporte e mobilidade: pode possibilitar acessibilidade e inclusão social através do esporte para muitas pessoas.
Com o objetivo de debater com surfistas e autoridades municipais as possibilidades e formas de implantação do Surf Bus em Santos, cidade que tem por tradição revelar surfistas de renome nacional e internacional, a Câmara realizou audiência pública na sexta-feira (dia 30 de maio), a pedido do vereador Douglas Gonçalves (DEM).
“Muitas vezes, o cidadão que mora nos morros ou na Zona Noroeste não tem condições de chegar até à praia ou às escolas de surf com sua prancha, pela inviabilidade de entrar com este tipo de equipamento em um ônibus coletivo e o risco ao andar de bicicleta. É um serviço fundamental para incentivar a prática de esportes aquáticos, atendendo a demanda dos praticantes que residem longe da praia, e disseminar ainda mais o nome de Santos para surfistas e turistas de outras regiões”, justificou o vereador.
O diretor de Transportes da CET, Rogério Villani, destacou a necessidade de parceria com uma empresa patrocinadora do serviço para que o valor da tarifa não onere para o usuário. “A segurança dos usuários e uma tarifa acessível são fatores primordiais”, destacou.
O surfista Sergio Farinhas não escondeu sua alegria ao saber da possibilidade da implantação do Surf Bus em Santos. “Nossa cidade precisa muito do Surf Bus, para atender aos surfistas da Zona Noroeste, morros e Afonso Pena, por exemplo. Temos diversas escolinhas de surf e surf adaptado e a falta de transporte é um fator que impede a inclusão de muitas pessoas nos esportes aquáticos em Santos”, declarou.
O coordenador de Atividades Esportivas da Secretaria Municipal de Esportes, Luke Franco, elogiou a iniciativa. “O Surf Bus vem ao encontro das nossas ideias. Desenvolvemos um importante trabalho com as crianças em parceria com a Seduc dentro do programa Escola Total e precisamos dar sequência a esse trabalho. É importante destacar não só o incentivo ao turismo e à prática de esportes, mas principalmente a acessibilidade e a inclusão social de muitas pessoas”. Na opinião do coordenador, o ideal é que seja estabelecida parceria com empresas para que o custo do serviço não recaia totalmente sobre o usuário.
Os participantes também ouviram os depoimentos marcantes dos surfistas Alexandre Casasco, chefe de departamento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, e Flavia Farinhas. “O surf possibilitou a conclusão da minha faculdade de Arquitetura, pois surfava pela faculdade. Se não fosse esse esporte, não estaria onde estou hoje como profissional e colaborando com os serviços da Prefeitura. Defendo uma proposta metropolitana, para que os surfistas da região possam se deslocar para praias de municípios vizinhos”, disse Casasco.
“Desde criança tinha o sonho de ser surfista, sonho que se tornou realidade quando me mudei para Santos. O serviço do Surf Bus é muito importante para o surfista que deseja conhecer outras praias próximas, pois muitas vezes ficamos três ou quatro horas na água e o esforço para deslocamento é cansativo. Se pudermos ir em um ônibus e ainda apreciando a paisagem seria ótimo”, destacou Flávia Farinhas.
O vereador Douglas Gonçalves deliberou ao final da audiência a formação de uma comissão para participar de reuniões com o prefeito e departamentos responsáveis para estudar e desenvolver a implantação do serviço do Surf Bus em Santos e região. “Vamos articular com o Poder Executivo e avaliar as possibilidades de incluir esse serviço de forma metropolitana na próxima licitação do transporte público, pois os benefícios dos esportes aquáticos são imensuráveis para os praticantes, especialmente as crianças e pessoas com necessidades especiais”, mencionou o parlamentar, que presidente a Comissão Permanente de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos.
Assessoria do vereador Douglas Gonçalves
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