Washington Di Giovanni

Nascido em 10 de fevereiro de 1913, Washington Di Giovanni, mais conhecido como Doutor Mimi, assumiu a primeira legislatura em 1952, ficando na suplência em 1972. Cumpriu mais dois mandatos, de 1973 a 1983, quando resolveu abandonar a política por ter ficado na 1ª suplência nas eleições de 1982. Nem mesmo sua indicação para vice-prefeito na chapa de Paulo Gomes Barbosa demoveu-o da idéia, pois concordou em atender às recomendações médicas e aos apelos de sua esposa, Lola, e de sua filha, Antonieta.

Como presidente da Câmara, teve a oportunidade de ser prefeito por oito dias, quando Carlos Caldeira Filho deixou o Executivo, cedendo lugar a Paulo Barbosa. Apesar desse pouco tempo, Di Giovanni marcou sua passagem pelo Executivo ao assinar decreto efetivando no cargo funcionários municipais que há muito ocupavam cargos de chefia, sem receberem a remuneração a que faziam jus.

Além de médico, Di Giovanni tinha como paixão o esporte. Foi considerado um grande centroavante, cujo talento foi descoberto quando jogava no Pacheco Futebol Clube. Após uma brilhante passagem pelo Atlético paranaense, chegou à seleção desse estado. De volta a Santos, atuou pela Portuguesa Santista e depois pelo Beira-Mar, de São Vicente.

Duas características contribuíram para torná-lo popular: beijava as pessoas na face, independentemente do sexo, e carregava sempre uma flor vermelha na lapela. Além disso, era conhecido por sua disponibilidade de ajudar as pessoas, chegando a varar a noite até resolver o problema de pessoas que sequer conhecia. Considerado ´o vereador amigo´, foi o único político da Câmara santista a receber uma medalha como ´o amigo do Legislativo´.

Morreu em 25 de dezembro de 1988, vítima de uma parada cardíaca, no Hospital do Coração, no Sírio-Libanês, na Capital, onde havia sido operado uma semana antes. Seu caixão foi coberto pela bandeira do Jabaquara Atlético Clube, associação esportiva da qual Di Giovanni foi presidente.