Uma reunião em que estarão presentes empresas, entidades não governamentais, sociedade civil, órgãos responsáveis pela preservação de patrimônio histórico e representantes do Santuário Santo Antônio do Valongo será marcada pela vereadora Fernanda Vannucci (PPS). O motivo é a continuidade aos debates ocorridos na audiência pública realizada na Câmara de Santos, na quinta-feira (22 de agosto), que tratou dos problemas estruturais da Igreja.
 

O objetivo do novo encontro é aprofundar as discussões sobre as possíveis causas e saber quem são os responsáveis pelos problemas do Santuário que, de acordo com o Movimento “Valongo, minha casa”, vem aumentando de maneira significativa desde a realização da primeira inspeção no início de junho deste ano, logo após a queda de uma parte do teto.
 

Empresas

A empresa AMA Brasil não compareceu à audiência, mas justificou, através de e-mail encaminhado por seu presidente José Luiz Moura, que a obra de restauro do Casarão do Valongo não ocasionou nenhum tipo de transtorno aos imóveis mencionados. “Nossos trabalhos de fundação terminaram há mais de três anos, sem qualquer reclamação de acidente ou rachadura feita pelos vizinhos. Foi contratado um engenheiro avaliador que fez um laudo de vistoria em todas as edificações vizinhas, fotografando e diagnosticando o estado de conservação de cada uma, fazendo o mesmo após o término das fundações e constatando o mesmo estado anterior”, declarou Moura.
 

Moura ainda alegou que foram tomadas medidas preventivas necessárias, inclusive com a contratação da empresa Falcão Bauer, instituição de excelência, que monitorou a execução das fundações, instalando sensores em todas as paredes da obra, evitando desabamentos em caso de abalo.
 

“A execução das fundações foi feita em baixo impacto minimizando qualquer repercussão. Após a intervenção, constatou-se que não ocorreu nenhum prejuízo às paredes”, explicou o presidente da empresa.
 

O gerente de negócios da CPFL, Luiz Antônio Campos, mostrou através de slides como está sendo feita a implementação da rede subterrânea de energia elétrica na região do Valongo, garantindo não ter responsabilidade alguma dos problemas arquitetônicos surgidos no local.

A Petrobras foi representada pelo engenheiro de Meio Ambiente, Marco Antônio Nascimento da Mota, que garantiu a disposição da empresa em realizar nova análise sobre os possíveis impactos e, se for comprovado os danos no Santuário, certamente irá arcar com os custos.

O presidente da Associação dos Caminhoneiros, Heraldo Gomes Andrade, criticou a responsabilização dos caminhoneiros pelos danos sofridos e lembrou que desde 1999 os caminhões estão impedidos de trafegar neste trecho.

 

Avaliação

Por entender que é necessário apurar os responsáveis pelos problemas no Santuário Santo Antônio do Valongo, a vereadora Fernanda Vannucci quer dar sequência à discussão. “Não podemos aceitar a ideia de que a falta de conservação ocasionou os problemas atuais do santuário. O surgimento das trincas e rachaduras é decorrente de ações intensas registradas ao redor do imóvel. Como vereadora e membro desta comunidade católica estarei, juntamente com o Movimento Valongo, minha casa, buscando os causadores do dano ao patrimônio histórico de nossa cidade e responsabilizando a quem de direito para que se restaure a igreja”, finaliza.

 

Assessoria da vereadora Fernanda Vannucci

Silvia Barreto

barreto.silvia@gmail.com

(13) 3211-4165 / 7803-4968 (ID: 85*19414)