Déficit habitacional é debatido

Politicas públicas e saúde integraram pauta

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Durante sua participação no programa Rotativa no Ar, da rádio Guarujá AM, na última terça-feira (dia 20), o vereador Murilo Barletta (PR) voltou a cobrar ações enérgicas por parte das autoridades com relação à necessidade urgente do congelamento das favelas em Santos. Essa é uma das bandeiras levantadas pelo parlamentar desde o início de seu mandato. O assunto voltou à pauta de debates após reportagem veiculada na imprensa local abordando os poucos avanços de medidas mitigadoras do problema nos últimos tempos.

“A meu ver, as áreas em que as famílias forem contempladas com conjuntos habitacionais não podem ser reocupadas e sim devem receber intervenções urbanas e ambientais. Caso contrário, estaremos enxugando gelo e nunca teremos uma solução para o problema de submoradias, consequentemente não reduziremos o déficit habitacional. É claro que não é só chegar lá e derrubar. Mas ao passo em que os moradores forem mudando para novas residências, os antigos locais devem ser isolados”, salientou o parlamentar.

Ainda de acordo com Barletta, que integra a Comissão de Obras, Habitação Social, Serviços Públicos e Transportes da Câmara Municipal, é necessária a formatação de uma força-tarefa para executar esse trabalho, que passa não apenas pela atuação da Prefeitura de Santos, por meio da Cohab  e das secretarias de Meio Ambiente e Serviços, mas também pela Prefeitura de São Vicente, Ministério Público e agentes do Governo do Estado, com a retaguarda da Polícia Militar.

O parlamentar lembrou que em abril do ano passado alertou o Ministério Público, por meio de ofício protocolado na sede do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), inclusive com fotos anexadas, sobre a iminente junção entre as favelas de Santos e São Vicente diante dos avanços das ocupações irregulares sobre o mangue. À época a Promotoria do Meio Ambiente de São Vicente instaurou inquérito para averiguar o problema.

Patrimônio histórico
Ao lado dos apresentadores Edgar Falcão e Luiz Antonio Rodrigues, Barletta comentou ainda sobre a relevância de um reestudo de políticas públicas que garantam melhor aproveitando das regiões pouco adensadas da cidade para fins residenciais, de maneira que num futuro próximo seja possível que as pessoas morem próximo ao seu local de trabalho.

“O projeto Alegra Centro, por exemplo, deve ser reestudado, aprimorado. Os critérios de preservação de patrimônio cultural e arquitetônico também precisam ser revistos. O objetivo é claro e comum: progredir. Por isso, enxergo a necessidade de conciliarmos desenvolvimento, sustentabilidade, patrimônio preservado e qualidade de vida”, ressaltou.

Saúde
Outro tema abordado no programa foi a saúde e a situação do setor. “Na minha visão, os problemas transcendem os limites do município, já que a situação está difícil em todo o país. E nós aqui de Santos, ainda que no limite, estamos melhores do que muita cidade de porte igual ou maior.”

Ainda sobre saúde, Barletta foi questionado quanto às recorrentes faltas de médicos nas unidades.
“Defendo – e já me manifestei mais de uma vez sobre isso – que os plantões médicos têm que estar expostos na recepção das policlínicas, prontos-socorros e hospitais. Assim, acredito que haveria um maior controle tanto por parte dos gestores quanto da própria população, que dessa forma poderia comunicar uma eventual falha de atendimento diretamente aos responsáveis técnicos da Secretaria de Saúde. A própria classe médica pode e deve contribuir com esse processo, pois está diretamente envolvida.”

Já a respeito da escassez de leitos hospitalares e do número insuficiente de profissionais atuando nas unidades, o vereador foi enfático: “Santos concentra os centros médicos, por isso a demanda incessante. Contribuirá para avanços nesse quesito a inauguração do novo Hospital dos Estivadores, cujas obras estão em ritmo acelerado e provavelmente serão entregues no prazo, além das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) pela Prefeitura, que certamente darão vazão aos atendimentos, especialmente em áreas desguarnecidas de hospitais, como os morros e alguns bairros da Zona Noroeste”.

Trânsito
Como não poderia deixar de ser, Barletta, por ser engenheiro de formação e ter servido à CET, foi incitado a falar sobre mobilidade urbana. “Vejo essa questão como um ‘Calcanhar de Aquiles’ da cidade, mas com reais e possíveis soluções. Mas não enxergo, por exemplo, o rodízio como uma medida com significativas alterações benéficas, como se aventou aqui (os apresentadores citaram o rodízio como uma solução para a fluidez no trânsito).”

Os diversos tombamentos cidade afora, emendou Barletta, não permitem o alargamentos das principais vias. “Ou seja, é preciso trabalhar com o que se tem. Então, entendo que deva haver uma reformulação do sistema de transporte público, a construção de mais ciclovias, interligando-as e aos vários modais, e, ainda, maiores aportes financeiros por parte da Prefeitura à CET, a fim de que a empresa contrate mais agentes de trânsito e invista em qualificação e modernização dos equipamentos.”

Região
O processo eleitoral que se avizinha e a necessidade de maior interação entre os municípios da Baixada Santista também foram abordados no programa. “Acredito que hoje não é mais possível se pensar em decisões unilaterais acerca de determinados assuntos, já que algumas questões ultrapassam as divisas, como nas áreas de saúde e emprego, em que Santos figura como polo atrativo de demandas. Acho que com um maior envolvimento dos governantes, avançaríamos em muito na dita metropolização”, defendeu Barletta.

Santos FC
Para encerrar sua contribuição para as discussões, o parlamentar foi questionado acerca do momento pelo qual passa o Santos Futebol Clube, time do seu coração e do qual é sócio-torcedor há 54 anos e conselheiro efetivo.

“Particularmente, ainda estou frustrado com o fim das Sereias da Vila e com algumas outras ações que foram realizadas pela atual diretoria. Mas vejo com bons olhos a eleição do clube, que acontecerá em novembro, quando será possível medir a satisfação dos santistas com relação à atual gestão. Eu sou a favor da alternância de poder, em que é perfeitamente possível oxigenar as forças e revigorar as ideias, o que, é claro, só acrescentam positivamente e contribuem para o crescimento do nosso Santos”, ressaltou Barletta.

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