Audiência pública na Câmara esclarece sobre a Doença de Alzheimer

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“A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência. Estima-se que no mundo existam cerca de 50 milhões de pessoas com a doença. Em 2050, os casos devem ser triplicados para cerca de 150 milhões”. A afirmação foi feita pela médica geriatra Alcineide Correia, membro da ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer) Núcleo de Santos, durante a audiência pública sobre o tema realizada quarta-feira (11/9), na Câmara Municipal de Santos. O evento, promovido pelo Vereador Antonio Carlos Banha Joaquim, por intermédio da Comissão Permanente de Defesa do Idoso e da ABRAz, reuniu especialistas no assunto e o público em geral.
 
Na audiência, que teve como tema o “Dia Mundial de Alzheimer e Conscientização”, a geriatra explicou que a doença é uma enfermidade neuro degenerativa incurável, que se agrava ao longo do tempo, mas pode ser tratada. Em geral, suas vítimas são pessoas idosas. “O mal se apresenta como demência, causada pela morte de células cerebrais que provoca a perda das funções cognitivas (memória, orientação, linguagem, comportamento etc). A causa ainda é desconhecida, mas algumas lesões que ocorrem são depósitos de placas senis de proteína beta-amilóide e o baixo nível do neurotransmissor acetilcolina vinculado à memória”.
 
Já a especialista Marcia Novelli, docente da Unifesp e membro da ABRAz, explicou que leva-se algum tempo para diagnosticar a doença, já que as perdas neurais (neurônios) ocorrem aos poucos. “As vezes nem os familiares percebem a doença em seu ente querido, já que os sintomas demenciais vão surgindo aos poucos”. Ela explica também que é necessário desmitificar alguns conceitos: “É preciso acolher o portador com carinho e tolerância. Ele deve ser estimulado a participar das atividades da família, respeitando o seu grau de capacidade em razão da doença”.
 
Ela destacou também a atenção com o cuidador. “Cuidar de pessoas com doenças de Alzheimer é estressante e exigente. O desgaste físico e mental é grande. Há até o risco do cuidador negligenciar sua saúde e adoecer”, ressalta Novelli.
 
O Chefe do Departamento de Atenção Especializada da Secretaria de Saúde de Santos, Devanir Paz, em seu depoimento disse que no Alzheimer sofrem o portador e a família, que aos pouco observa o seu ente querido definhar. Ele mesmo teve a experiência com seu pai, acometido pela doença. “Ele chegou a um ponto que não me conhecia mais. Sua memória apagou. Muito triste”, ressaltou.
 
Devanir contou que, em outubro próximo, o Ambesp será transferido da Av. Conselheiro Nébias para um prédio novo na Rua Manoel Torinho. “Vamos concentrar todas as especialidades lá. Vamos criar um CRI - Centro de Referência do Idoso com a manutenção de um setor de neurologia geriátrica com ênfase em doenças mentais, em especial no Alzheimer”, salientou.
 
Para o Vereador Antonio Carlos Banha Joaquim, que coordenou os trabalhos, a audiência pública foi importantíssima, para esclarecer e orientar sobre a Doença de Alzheimer ao público, visto que, no Brasil há uma incidência de 1,2 milhão de pessoas com a demência. Por ano são quase 100 mil novos casos. “Em Santos precisamos aperfeiçoar nossa política de saúde com o atendimento específico aos portadores da moléstia, com a criação de Casas-Dia para um tratamento eficaz e humanizado”.
 
A audiência contou também com as presenças da Coordenadora de Políticas Públicas da Pessoa Idosa, Ana Bianca Ciarlini, e da fonoaudióloga da ABRAz, Carmem Cecília Martins.
 
 
 
Assessoria de Comunicação - Vereador Antonio Carlos Banha Joaquim
Praça Tenente Mauro Baptista de Miranda, 1 - 2º andar, sala 10 - Vila Nova, Santos - SP
(13) 3219-6419

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