Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, neste 08 de março, às 9 horas, no Auditório Zenny de Sá Goulart, na Câmara Municipal, o vereador Antonio Carlos Banha Joaquim (PMDB) realizou uma homenagem para as mulheres que se destacaram em suas áreas de atuação: saúde, educação, segurança, serviço social, política e justiça. As homenageadas deste ano foram: a presidente do fundo social, Maria Ignez Pereira Barbosa; a secretária de Ação Social Rosana Maria Russo A. L. Soares, na Saúde, a médica Maria Margarida Colombo Barboza; na Educação a ex-secretária municipal adjunta da Educação, atual vereadora Audrey Kleys; na área política, a ex-prefeita e atual vereadora Telma de Souza; no Ministério Público, a promotora Marisol Lopes Mouta Cabral Garcia; a juíza Mariella Amorim Nunes Rivau Alvarez e na área da Segurança, a delegada da policial federal Luciana Martins Fuschini Nave; a delegada de polícia civil, Deborah Perez Lázaro e a Tenente da Polícia Militar (6ºBPMI), Talita Silva.

O vereador Banha em seu discurso de abertura, fez um panorama dos problemas ainda enfrentados pela mulher, pedindo mais igualdade de direitos e mais políticas públicas que combatam os números de violência doméstica, de assédio sexual e de discriminação no mercado de trabalho. "Ainda diferenciam salários entre homens e mulheres no mesmo cargo. Segundo dados do IBGE de 2015, as trabalhadoras recebem em média 70% do rendimento recebido pelos homens. É certo que esta diferença vem diminuindo, com ações afirmativas, mas ainda é gigantesca. Segundo representantes da ONU Mulheres no Brasil, os dados refletem que a desigualdade ainda existe. E a disparidade aumenta se olharmos a quantidade de homens e mulheres em cargos de chefia e em alto escalão".

Em seu discurso, o vereador Banha apresentou dados, também da Organização Mundial de Saúde, mostrando que uma em cada três mulheres sofre violência doméstica. "O que nos faz pensar que grande parte da sociedade ainda vê a mulher como objeto ou propriedade. Isso também justifica os inúmeros casos de assédio sexual que ocorrem diariamente, conforme pesquisa de 2016, divulgada pela organização internacional de combate à pobreza ActionAid. Em torno de 86% das mulheres brasileiras ouvidas sofreram assédio em espaços públicos nas suas cidades. Um problema global, já que os números são próximos: na Tailândia, também 86%, 79% na Índia e 75% na Inglaterra. Segundo a ONU, são necessárias políticas públicas específicas para a proteção da segurança das mulheres, tais como iluminação adequadas nas ruas e punições para o assédio. Ações simples que podemos implantar no dia a dia das cidades, como o projeto de lei 379/2015  de minha autoria, que institui campanha de conscientização e de prevenção contra abusos sexuais no transporte público e em locais de grande aglomeração de pessoas ou o Parada Segura, (PL3692015) que possibilita que entre 22h e 05h, a mulher possa pedir ao motorista que pare em qualquer local do trajeto que seja mais seguro".

Antonio Carlos Banha Joaquim complementou dizendo que já oficiou requerimentos ao governo do Estado sobre a necessidade de que a Delegacia da Mulher fique aberta 24 horas, inclusive nos finais de semana, quando a delegacia está fechada, e que ocorre a maioria dos casos de violência, ficando a mulher desamparada até o próximo dia útil. "Espero que mais ações afirmativas de política pública em relação à proteção das mulheres sejam criadas. E ainda creio que um dia nossa sociedade comemorará não precisar colocar atitudes de respeito como obrigação, sendo uma ação espontânea de todos nós brasileiros.", concluiu o vereador.