Em audiência pública na Câmara de Santos nesta segunda-feira, 6 de outubro, representantes de diversas secretarias municipais reafirmaram a importância de uma ação intersetorial para fortalecer a saúde mental no município. O encontro debateu a Política Municipal de Prevenção da Automutilação, do Suicídio e de Demais Doenças Psicológicas, enfatizando a necessidade da atuação de diferentes áreas para o enfrentamento dessas questões.
Um dos aspectos debatidos foi a gravidade do cenário pós pandemia e os efeitos colaterais causados nos jovens. A diretora do Departamento de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Dorian Rogas, apontou o rompimento de vínculos e o bullying nas redes sociais como marcas da atual epidemia mundial de depressão.
Entre as ações preventivas citadas na audiência, os participantes mencionaram a atividade física, que ajuda na recuperação de pessoas com depressão. O papel da arte na transformação dos pacientes também foi destacado. Além disso, a audiência abordou a responsabilidade da imprensa para um tratamento adequado do tema.
O evento foi proposto e presidido pelo vereador Cacá Teixeira (PDSB), autor do projeto que deu origem à Política Municipal (Lei Municipal 4.441/2023). Ele assinalou que, apesar da aprovação da lei em maio de 2022, a política ainda carece de regulamentação por parte do Executivo, o que impede sua execução plena.
A mesa de debates contou também com a participação da secretária de Educação em exercício, Joana Patricia Cosial, e do diretor de Comunicação da Secretaria de Comunicação e Economia Criativa, Carlos Guerra, além dos seguintes representantes de secretarias municipais: Marcelo de Oliveira Rossi (Esportes), Adriana Lopes (Desenvolvimento Social), Carlos Guerra (Comunicação) e Cristina Vida (Cultura).
Como encaminhamentos da audiência, o vereador Cacá Teixeira e os representantes da administração municipal se comprometeram a buscar o fortalecimento da rede de saúde mental, criar um grupo de trabalho intersetorial para definir protocolos claros e implementar uma campanha permanente de comunicação responsável, com foco na prevenção e orientação sobre a busca por auxílio.
“Nosso compromisso com a vida não tem mês. Setembro, outubro ou janeiro, temos que agir o ano todo”, defendeu o vereador.