A mobilidade urbana em pauta

Texto publicado em A Tribuna

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Um dos maiores desafios da nossa região é a mobilidade urbana. É evidente também que em termos de investimentos nesse setor estamos atrasados em pelo menos 20 anos, principalmente em Santos, cidade-polo.
 
Viadutos na entrada da Cidade, alargamento da Av. N.S. de Fátima, teleférico, VLT, túneis, essas importantes intervenções, ao que tudo indica, devem finalmente sair do imaginário e tornarem-se realidade. Talvez possamos recuperar o tempo perdido e vislumbrar dias melhores no trânsito.
 
Toda grande obra provoca transtornos e reações contrárias, principalmente quando não é precedida por explicações sobre os impactos que trará para as comunidades afetadas. Exemplo claro foi o anúncio do traçado do túnel Santos-Guarujá.
 
Venho discutindo a questão da mobilidade desde o início do meu mandato, principalmente sobre os trajetos propostos pela EMTU para o VLT. Como afirmei publicamente em várias ocasiões, sou favorável à implantação da 1ª fase, que ligará Barreiros (São Vicente) ao Porto de Santos. Inclusive, me coloco favorável ao desvio da linha férrea para o centro da Av. Francisco Glicério, pois, tecnicamente, essa alteração oferecerá maior segurança e melhor trafegabilidade nas ruas adjacentes.
 
Porém, sou contrário ao traçado da 2ª fase, que ligaria o primeiro trecho ao Valongo, por entender que essa proposta não atende aos munícipes de Santos, trazendo bem mais ônus do que bônus. A meu ver, um projeto dessa magnitude está sendo pouco discutido, pois percebo que a maioria da população o desconhece.
 
Com este posicionamento firme, parece que já consegui sensibilizar as autoridades a reverem os trajetos, já que algumas alterações têm surgido, como a exclusão da passagem pelas ruas do Comércio e São Bento e a ida e volta pela Av. Conselheiro Nébias. 
 
Mas o que eu gostaria mesmo é que a 2ª fase fosse repensada como um todo. Enquanto isso, os recursos poderiam ser alocados na extensão do VLT em direção à Área Continental de São Vicente e até Praia Grande. Essa opção, além de atender um contingente maior de passageiros, melhoraria o trânsito da nossa Cidade já que reduziria consideravelmente o número dos veículos vindos para cá.
 
E mais, tão importante para o nosso trânsito quanto essa fase do VLT seria implementar a reformulação do sistema de transporte de ônibus convencional em Santos, cujo estudo já está pronto, ligando Praia/Centro/Praia e apto a atender à demanda do VLT em sua 1ª fase, inclusive com integração tarifária temporal, além de um novo sistema de transporte seletivo.
 
Como contribuição à discussão sugeri à EMTU que para transportar passageiros do Litoral Sul para o Centro o ideal seria usar a Av. Antonio Emmerick, passando pela Zona Noroeste via Av. N.S. de Fátima, seguir pela Av. Martins Fontes, transpor a linha férrea até atingir a Perimetral e por ela chegar à Ponta da Praia, num grande anel viário, a exemplo do projeto Porto Maravilha, no Rio.
 
Esse traçado passaria pelo Valongo, barcas da Alfândega, Tribuna Square, Bacia do Mercado, Terminal Concais, Estação Porto do VLT e chegaria ao Ferry Boat.
 
Com esta opção, provavelmente por aerotrem ou monorail, seria realizada uma integração de modais, interligados com o novo sistema de ônibus, sem interferências no Centro ou prejuízos ao comércio e às residências das vias escolhidas para receber o VLT em sua 2ª fase, provendo o cidadão santista e os milhares de moradores da nossa região de um sistema de transporte moderno, seguro e eficiente, que é o que queremos e merecemos.

"Murilo Barletta, engenheiro, vereador pelo PR e 2º Vice-Presidente da Câmara"

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