'Bebês do crack': tema de audiência pública

Debate será nesta nesta segunda-feira, dia 10, às 14 horas

Compartilhe!

1 curtiu

\'Bebês do crack\'. Este é o tema da audiência pública que a Comissão Permanente de Saúde da Câmara de Santos, presidida pelo vereador Evaldo Stanislau (PT), realiza nesta segunda-feira (dia 10), a partir das 14h, na sede do Legislativo (Praça Tenente Mauro Batista de Miranda, 1, Vila Nova). O evento terá como debatedoras as médicas Maria Ignez Saito, professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP e membro do Programa de Saúde do Adolescente do Governo Estadual, e Carolina Sales, professora do Departamento de Reprodução Humana da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

“O crescente uso de drogas, particularmente do crack, tem um efeito devastador para a sociedade. Nesse sentido, um problema que salta aos olhos é a geração de bebês que é vítima desse consumo por seus pais e mães. Além das consequências negativas para a formação do organismo da criança, há também o abandono porque seus genitores estão dominados pelo vício e, muitas vezes, as famílias nem sabem da gravidez e do nascimento”, enfatiza o vereador Evaldo.

Mais do que a síndrome de abstinência transmitida ao bebê por conta do uso de crack durante a gestação, a grande preocupação é com relação ao futuro desenvolvimento da criança. Estudos apontam que as drogas afetam várias áreas do cérebro do feto. O crack também reduz o fluxo de oxigênio para a criança durante a gravidez, podendo causar graves danos ao sistema nervoso central. E, por estas razões, deixando sequelas para o resto das vidas destes bebês.

Do ponto de vista social, os números também saltam aos olhos. Levantamentos da Maternidade Estadual Leonor Mendes de Barros, na Zona Leste da Capital, apontam um crescimento no número de recém-nascidos abandonados pela mãe usuária de crack ou cocaína. Os dados se referem ao período entre 2007 e 2010. Em 2007, apenas uma criança havia sido abandonada por conta do vício. Em 2008, foram 15 casos. Em 2009, 26 ocorrências. No ano seguinte, mais 43 crianças para adoção.

“O aspecto social é outro lado triste dessa moeda e que também merece uma atenção especial. São crianças que, na maioria das vezes, carregam sequelas que levam a deficiências e síndromes, fugindo ao padrão procurado pelas pessoas que buscam a adoção”, acrescenta o parlamentar. Esta será a segunda audiência pública da Comissão de Saúde sobre a questão do crack. A primeira tratou da internação compulsória.

Assessoria do vereador Evaldo Stanislau
Reginaldo Pacheco ou Lane Valiengo – Fone (13) 3219-1890