A Câmara Municipal de Santos recebeu nesta segunda-feira, 21 de agosto, a primeira reunião itinerante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) criada para investigar a epidemia do crack no Estado. O evento aconteceu na Plenário Dr. Oswaldo de Rosis e contou com a presença de deputados, vereadores, autoridades, especialistas em saúde, lideranças sociais e outros convidados.

Participaram os deputados estaduais Paulo Correa Jr. (PSD), presidente da CPI; a deputada Paula da Bancada Feminista (PSOL/REDE), vice-presidente da Comissão; e os deputados Simão Pedro (PT/PCdoB/PV), Guto Zacarias (UNIÃO), Lucas Bove (PL) e Delegado Olim (PP), relator da Comissão.

Também estiveram presentes os vereadores Adilson Junior, Adriano Piemonte, Débora Camilo, Fabrício Cardoso, Chico Nogueira, Paulo Myasiro e Sérgio Santana, além de vereadores e secretários municipais de outras cidades da Baixada Santista.

Entre os especialistas da área de saúde que falaram na reunião, esteve o médico e sanitarista Fábio Mesquita, que trabalhou durante 12 anos na Organização Mundial de Saúde (OMS) depois de ter sido coordenador do primeiro programa municipal do país para o tratamento de HIV/Aids (implantado em Santos no final da década de 1980). Ele relatou sua experiência com a redução de danos entre os usuários de drogas injetáveis que eram pacientes de HIV/Aids.

Outra especialista, a médica e professora da Unifesp Luciana Togni de Lima, explicou como funciona o programa da Universidade para redução de danos entre usuários de drogas.

Da área de segurança pública, a CPI ouviu o ex-delegado geral da Polícia Civil Rui Ferraz Fontes, que também foi coordenador do Denarc, e os delegados Fabiano Fonseca e Luís Carlos do Carmo, além do coronel da Polícia Militar Leandro Pereira de Lima. Eles deram detalhes sobre o trabalho das forças policiais na repressão ao tráfico de drogas na Baixada Santista.