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Atendimento nos CAPS é alvo de críticas em audiência sobre saúde mental

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A necessidade de melhorias nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e outras questões do atendimento em saúde mental em Santos foram debatidas em audiência pública na Câmara Municipal na quarta-feira, 5 de novembro.

Foram relatadas deficiências graves na infraestrutura das unidades, como infiltrações, mofo, banheiros interditados e falta de acessibilidade. Usuários dos serviços e funcionários das unidades destacaram a escassez de profissionais – especialmente psicólogos e acompanhantes terapêuticos – o que tem comprometido a qualidade do atendimento.

Eles também denunciaram a ocorrência de assédio moral e a precarização das condições de trabalho, com profissionais sobrecarregados. Além da realização de concursos públicos para repor as equipes, participantes da audiência defenderam o estabelecimento de parcerias e maior integração da área de saúde mental com a atenção primária.

Mudanças

O vereador suplente Rafael Moreira (PSOL) sugeriu que os CAPS funcionem apenas em imóveis próprios da Prefeitura, já que a ocupação de imóveis alugados muitas vezes impossibilita a realização de reformas.

"Santos tem uma história importante na reforma psiquiátrica. Não podemos admitir falta de profissionais, estrutura precária e retrocessos no cuidado às pessoas com sofrimento mental", disse o vereador Marcos Caseiro (PT), que convocou e presidiu a audiência.

A diretora do Departamento de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Dorian Rojas, disse que o Departamento já está fazendo parcerias para possibilitar que os pacientes frequentem outros ambientes, ganhem autonomia e possam desenvolver suas potencialidades. Ela ressaltou a importância de ações de prevenção para melhorar o cuidado com a saúde mental. "Precisamos trabalhar com atenção primária e Santos vem avançando na questão da estratégia da saúde da família", disse.

Dorian Rojas anunciou mudanças na estruturação da rede de CAPS do município: o CAPS AD vai passar para a modalidade 3 e será transferido para a Rua Campos Melo, o CAPS da Vila vai para o local onde hoje funciona o CAPS AD (próximo ao Hospital da Beneficência Portuguesa) e o CAPS Ponta da Praia passará para outra casa, no mesmo bairro. Ela assegurou que todas as unidades possuem médicos psiquiatras disponíveis em todos os horários.

Também participaram da mesa de debates a coordenadora dos CAPS, Mayra Pádua; o conselheiro municipal de Assistência Social e membro do Movimento Nacional da População em Situação de Rua Rogério dos Santos e a psicóloga residente Viviane, que representou os trabalhadores do CAPS da Zona Noroeste.

 

Assista à íntegra da Audiência.

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