A Câmara Municipal de Santos realizou nesta segunda-feira, 15 de setembro, audiência pública que reuniu servidores públicos e representantes de entidades sindicais para debater a crise no Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE).
Foram discutidos assuntos como a terceirização de setores inteiros, como segurança e limpeza, e a falta de concursos públicos. Servidores também apontaram o descredenciamento de hospitais e clínicas da região e a sobrecarga de atendimentos em unidades hospitalares, como a Santa Casa de Santos.
"Vemos servidores estaduais atravessarem o Estado inteiro, mais de 700 quilômetros, para conseguir uma consulta no Hospital do Servidor [na cidade de São Paulo], porque não há credenciamento [de outros hospitais]", disse a presidente da Associação dos Funcionários do IAMSPE (Afiamspe), Ana Cristina Manente. "E não há o credenciamento porque falta o financiamento por parte do governo do Estado."
Eles se queixaram ainda dos baixos salários e das condições de trabalho. Especialidades como neurologia, oncologia, colonoscopia e exames de cabeça deixaram de ser oferecidas. O vereador Marcos Caseiro (PT), que convocou e presidiu a audiência, criticou a política de privatização e terceirização dos serviços.
Segundo o vereador, as queixas e sugestões serão reunidas em um documento e entregues ao secretário de Governo e Gestão Digital do Estado, Caio Paes de Andrade.
A audiência contou também com a participação de Antenor José dos Campos, diretor sindical do SindSaúde-SP, da auxiliar de enfermagem Andreia Batista da Silva (integrante da Direção Mulheres do PSOL), e de Carlos Reo, coordenador da Central Única dos Trabalhadores (CUT).