Melhorar a acessibilidade às pessoas com deficiencia e mobilidade reduzida ao serviço de autolotação da cidade. Esse foi o resumo da audiência pública realizada no último dia 23 de maio no auditório da Câmara Municipal de Santos. O encontro foi presidido pelo vereador Arlindo Barros (PSDB). Além da questão de adequação dos veículos para os cadeirantes, foi debatida a infra-estrutura das vias públicas por onde trafegam as vans.
O presidente da Associação dos Perueiros de Santos, José Carlos da Silva, apresentou um vídeo mostrando os problemas que as vans enfrentam ao trafegarem nos morros. Um exemplo é a falta de passeio em algumas ruas para deixar os passageiros, especialmente cadeirantes "Há casos em que as pessoas tem que andar apertadas nos muros, pois é muito estreita a rua. Imagina soltar um cadeirante".
O vereador lamenta a situação das ruas "Faltou infra-estrutura de décadas atrás para elaborar as vias. Não havia organização na época". Barros apresentou uma proposta para a criação de um serviço de 0800 para, através de cadastro prévio, agendar o transporte do cadeirante. "Como não existem vans adaptadas, seria uma solução inicial para o caso", entende o parlamentar.
Ainda sobre a questão das vans adaptadas aos cadeirantes, foi apresentado o Decreto Federal 5296/2004 que dá um prazo até 2014 para todos os veículos coletivos estejam adaptados as pessoas portadoras de deficiências ou com mobilidade reduzida. "Temos menos de dois anos para essa alteração", comenta o advogado Fábio Solito, representante da Associação de Auto Lotação de Santos (AAIS). Solito explicou que para garantir a continuidade do serviço sem prejuízos, a Associação vem realizando negociações junto com as indústrias de veículos para aquisição de vans adaptadas para atender os cadeirantes. O veículo seria maior que o atual com 21 lugares contra 16 do atual, mas a diferença seria na adaptação "Nas vans com 16 lugares, adicionando o espaço para deficiente mais duas vagas gratuitas para aposentados, sobra nove lugares pagos, o que é preocupante. Com as vans de 21, haverá 14 pagantes, o que seria equilibrado finaceiramente para os motoristas".
Segundo Solito, para que as novos veículos comecem a ser usados nos morros, precisa do aval da Companhia Engenharia de Tráfego, CET. "Nós já temos uma empresa pronta para realizar o estudo técnico, mas sem o aval da CET em liberar as vans, caso o laudo seja positivo, nos impede de continuar com o projeto", reclama o membro da AAIS.
O representante da CET na audiência, Murilo Barletta informou que as adequações das vans serão feitas no prazo da lei. Sobre os veículos, a própria CET vai realizar um estudo técnico com um diferente modelo de van, porém não descartou a possibilidade de ser aceito os modelos com 21 lugares "O que for bom para a população no quesito locomoção, a CET vai estar junto apoiando", finaliza.
Wilson Soares - Assessor de imprensa.
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