A notícia do jornal O Estado de São Paulo surpreende e assusta ao mesmo tempo: "Para evitar riscos, Senado põe na gaveta Emenda 29". O que significa que o projeto que regulamenta os gastos mínimos com a Saúde para municípios, estados e a União corre o risco de não ser votado tão cedo. O risco maior é a população brasileira continuar a receber um atendimento muito abaixo do nível adequado. Protestando contra esta cruel possibilidade, o Vereador Braz Antunes Mattos Neto, líder do PPS, apresentou requerimento  dirigido às lideranças partidárias do Senado Federal, enfatizando a necessidade extrema e urgente de votação do projeto, que está em tramitação há dez longos anos. "Todos nós merecemos um atendimento melhor", avalia o parlamentar do PPS.

 Braz identifica nesta situação, inclusive, uma estranha motivação ideológica: "Quando o sistema público de Saúde mal atende a maioria da população, impõe-se um sofrimento continuado, uma angústia permanente, um estado depressivo que se aproxima de uma escravidão moral. Impor sofrimento após sofrimento para controlar e dominar com maior facilidade e evitar contestações, é uma tática antiga e conhecida. Revela um tipo de ideologia que aponta para o retrocesso, nunca para o avanço social verdadeiro". O vereador considera que todo e qualquer administrador público tem a obrigação e a capacidade de estruturar um sistema de Saúde adequado, que é uma condição básica para o desenvolvimento de fato.

Braz espera que não prosperem os interesses meramente eleitorais, lembrando o martírio de cada pessoa que não conta com um tratamento adequado na área da Saúde: "Isso impede o crescimento individual, restringe as oportunidades, dificulta o desenvolvimento do potencial de cada um e, em consequência, atrapalha a evolução social. Como se vê, não pode ser tratada como uma questão meramente econômica ou partidária, isto está muito acima de todos nós".
 
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