Secretário Russo recebe medalha de honra ao mérito Brás Cubas

Boquinha entrega maior honraria da Casa ao titular da Pasta de Serviços Públicos

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Em uma solenidade à altura dos competentes trabalhos prestados nos últimos anos, o secretário de Serviços Públicos, Carlos Alberto Tavares Russo, recebeu a Medalha de Honra ao Mérito Brás Cubas na última sexta-feira (4), na Câmara Municipal. A sessão foi presidida pelo vereador Geonisio Aguiar, o Boquinha (PMDB), conforme o Decreto Legislativo nº 09/2011.

Estiveram presentes no evento diversos secretários municipais, presidentes de autarquias e sociedades de melhoramentos, além de familiares e funcionários, que lotaram a galeria do Plenário Dr. Oswaldo de Rosis.

Russo nasceu em Vale de Cambra, Distrito de Aveiro, Portugal, e é formado em Engenharia pela Universidade de Mogi das Cruzes. Com mais de 30 anos de profissão, o secretário tem experiência acumulada de mais de dez anos na antiga Cosipa (atual Usiminas) e quase 20 na Prefeitura Municipal, além da atuação na área privada. Desde 2010, ele atua na pasta de Serviços Públicos da cidade, responsável pela manutenção e preservação dos equipamentos públicos.

O homenageado proferiu discurso de agradecimento, enfatizando que seu trabalho é possível graças à sua equipe, que está sempre à disposição para a execução dos serviços. “A maior lição sempre foi o exemplo. O exemplo fala mais alto que qualquer palavra. É o que procuro passar para meus amigos, meus filhos. Aos amigos funcionários, digo que acreditar é obrigação. Os desafios estão aí para ser conquistados e vencidos. Devemos confiar sempre que todos podem, todos podemos.”

Leia abaixo o discurso do vereador Boquinha na íntegra.

É com uma satisfação imensurável que venho proferir diante dos presentes algumas singelas palavras por ocasião da outorga da Medalha de Honra ao Mérito Brás Cubas, em homenagem ao Secretário de Serviços Públicos da cidade de Santos, Carlos Alberto Tavares Russo.

O homem de quem falo diz que trabalho é saúde. Ele vive para trabalhar e trabalha para viver: com o vigor de um jovem recém-formado, a responsabilidade de um adulto em plena atividade e a experiência dos seus sessenta anos de vida, distribuídos em quase duas décadas de Prefeitura Municipal e mais de dez anos de Cosipa, além da atuação na área privada.

Nascido em Vale de Cambra, Distrito de Aveiro, Portugal, em 19 de julho de 1951, o secretário chegou ao Brasil com dois anos de idade e viveu diversas dificuldades quando criança. Mais tarde, mesmo com a rotina de estudante, Carlito, como é chamado em família, ajudava com os afazeres no restaurante de seu pai. Em 1978, pouco antes da formatura em Engenharia na Universidade de Mogi das Cruzes, perdeu sua mãe. Ainda assim, com a superação de tantas adversidades, começava ali a brilhante carreira de um homem público respeitado e que promove o respeito, igualmente atencioso com qualquer pessoa que venha procurá-lo.

Em 1979, Russo iniciou suas atividades na antiga Companhia Siderúrgica Paulista, a Cosipa, atual Usiminas, onde ocupou diversas funções de liderança, como Coordenador de Projetos e Obras de Manutenção Civil, Supervisor de Manutenção Civil e Administrador da Sub-Prefeitura da Usina em diferentes áreas. Dessa grande escola, o secretário trouxe como aprendizado a disciplina e postura rígidas, características profissionais que ele bem aplica por onde quer que passe.

Seis anos mais tarde, o então prefeito de Santos, Osvaldo Justo, tinha a necessidade de formar uma equipe para promover melhorias na cidade. Por indicação do irmão do secretário, e reconhecendo o forte trabalhador que poderia encabeçar o Departamento de Obras, o prefeito foi à busca de Russo para integrar seu time. Não contente com o veto da Cosipa, que era ligada ao Ministério de Minas e Energia, o governante se dirigiu ao então ministro Aureliano Chaves, que o liberou.

Escolhendo a dedo o seu grupo de trabalho, Russo buscou pessoal na Cosipa e até equipamento emprestado da companhia, já que a prefeitura contava com pouquíssima estrutura no departamento de obras. “Não tinha nem fechadura na porta”. Conta-se até que a primeira ponte feita pela sua equipe foi com serra de mão. E já nesta época, ficava claro e demonstrado em atitudes que Russo não brinca em serviço.

Pois foi no mesmo ano de ingresso na Prefeitura, em 1986, que ele próprio pendurou uma placa em sua sala com o aviso “proibido fumar”, quando este ainda era um hábito costumeiro até em locais com ar condicionado. A regra foi obedecida à risca por seus funcionários, mas lhe rendeu um presente um tanto satírico, dado pela própria equipe: um quadro de Che Guevara, brincando com a imposição feita por Russo, já que ele sempre foi tido como um homem firme, mas nunca autoritário, um chefe que é amigo de quem é amigo do “trampo”, que abre espaço para a autonomia necessária em cada setor, mas que conhece a hora de apertar um serviço – desde o peão até o engenheiro, sem privilégios com amigos. Uma conduta que denota, acima de tudo, muito discernimento.

Algumas obras da época do Governo Justo marcam a trajetória do secretário Russo, principalmente no fim da década de 1980. Como, por exemplo, o sanitário da Praça Mauá, que tinha um placar interno de “contagem regressiva”, alertando os trabalhadores sobre o prazo para conclusão da construção. Na época, em visita ao canteiro de obras, Russo e Justo mandaram virar o placar para o lado da rua, e avisaram: “se a população não receber a obra a tempo, vocês estão todos demitidos!”. A pressão funcionou, e a construção terminou no prazo.

É o exemplo claro e direto de compromisso assumido com a população e devidamente cumprido. É a postura que se espera do servidor público, daquele que não somente faz parte da Administração Pública, mas pensa e age em prol dos interesses da sociedade.

Outro feito de grande importância na mesma época foi a limpeza da Bacia do Macuco, rodeada por contratempos e desafios superados – entre eles, uma barragem subitamente destruída pela chuva, que dizem ter levado o próprio Russo aos prantos. Sem espaço para lamentações, a barragem foi reconstruída e o serviço resultou em mais de 300 caminhões de lama e detritos retirados. Sem contar serviços como a fábrica de passarelas, a Ponte Edgard Perdigão, entre tantos outros.

No fim do Governo Justo, Russo retornou à Cosipa, onde passou mais quatro anos antes de ingressar na área privada, em que trabalhou por cinco anos.

E no primeiro mandato do então prefeito Beto Mansur, em 1997, Russo assumiu na Prefeitura como Coordenador de Operações Urbanas – momento em que ficou novamente provada a sua lealdade profissional. Ele mesmo voltou a convocar grande parte da sua equipe que atuou no Governo Justo, grupo esse reconhecido pelos próprios funcionários como “a tropa de choque do Russo”. Gente que está à disposição 24 horas por dia, sete dias por semana. Sem feriado e sem fim de semana.

Tudo isso pelo espelho do próprio secretário, que, a relato de sua equipe, está nas ruas desde as sete horas da manhã, incansável. Rodando obras, fazendo inspeções e participando do trabalho propriamente dito, de maneira perfeccionista, garantindo que os papeis que ele assina sejam de seu pleno conhecimento. Com embasamento suficiente para cobrar de ponta a ponta, conduzindo a orquestra sem deixá-la desafinar. Tido por todos como aquele que põe o pé na lama: de calça jeans e botina, sempre higiênico, mas vestido com “roupa de peão”.

Toda esta dedicação ao trabalho garante o retorno positivo em pensamento e atitude por parte da sua “SWAT”. Russo costuma falar em sinergia, no direcionamento de várias forças por um bem comum, evitando tomar o trabalho como sendo da pessoa do secretário, mas sim da secretaria como um todo. Quando se tem um piano para carregar, Russo não é dos que se senta em cima, mas dos que arregaça as mangas e carrega junto.

Esta relação de compromisso com a profissão resulta em uma lealdade natural por parte do seu grupo. Ao mesmo tempo, exige honestidade e segurança de todos. O próprio secretário costuma dizer que “quem não gagueja não mente”. E prefere ouvir um “não fiz” ou “não estou aqui” do que a invenção de qualquer desculpa, por menor que seja.

A partir de toda essa carga profissional de mais de 30 anos, posso dizer, com toda a segurança, que este homem tem sua base mais sólida estabelecida em um dos pilares mais importantes da vida, que é a família. Apesar de ele passar mais tempo trabalhando do que dentro de casa; mesmo que me afirmem que foi o trabalho que lhe deu forças para suportar as dificuldades pessoais mais recentes: é no próprio lar que Russo encontra inspiração para percorrer diariamente a cidade de Santos, seu grande canteiro de obras.

E com esta bagagem é que Russo se encontra hoje, à frente dos mais de mil funcionários da Secretaria de Serviços Públicos, responsáveis pela manutenção de toda a área pública dos 271 mil quilômetros quadrados da bela cidade de Santos. Com tanto trabalho, só resta o domingo para um sagrado “futebol de coalhada” na praia com os amigos, que lhe rendem algumas marcas nas canelas, o que os próprios amigos negam: dizem que os machucados de Russo foram a bordo da caravela de Cabral, vindo para o Brasil.

A um homem desta magnitude como a do secretário, só caberia conceder o maior título desta Casa, a Medalha de Honra ao Mérito Brás Cubas, outro português de espírito empreendedor, fundador da Vila de Santos e da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, o primeiro hospital do Brasil. Com a mesma postura arrojada e de defesa das necessidades da população, Russo vem conduzindo de forma exemplar as atividades de preservação dos equipamentos públicos do nosso município.

Pois são votos sinceros de felicidade e prosperidade eternas que posso desejar a este santista roxo, que só gera admiração a quem o conhece. Que você, Russo, continue executando este trabalho exemplar pela nossa querida cidade, enquanto Deus lhe der forças e a bênção da vida.

Assessoria de imprensa – vereador Boquinha
(13) 3219-3071