Morre ex-presidente do Legislativo Nelson Antunes Mattos

Sepultamento ocorrerá no Paquetá as 16:30h

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Faleceu ontem, 6,  aos 85 anos, o ex-Vereador e Presidente do Legislativo Santista Nelson Antunes Mattos, pai do Vereador Braz Antunes Matto Neto.

O velório ocorrerá a partir das 10 horas na Santa Casa de Santos, com sepultamento às 16h30, no Cemitério do Paquetá.

 

                            Nelson Antunes Mattos - Perfil

 

                   Os olhos  atentos  de Nelson Antunes Mattos testemunharam  os principais momentos da história política de Santos a partir de 1956, ano em que se elegeu vereador pela primeira vez. Mais ainda: participou ativamente de muitos acontecimentos fundamentais para a Cidade. Hábil negociador, estrategista primoroso, exerceu a vereança durante 26 anos consecutivos, sem nunca ter perdido uma eleição. Foi Presidente da Câmara, eleito por unanimidade,  de 1975 a 1976 e  Secretário Municipal de  Administração  de 1981 a 1984. Em 1968, foi o vereador mais votado da Cidade, pelo MDB, com 3.726  votos. Em 1976, foi o   mais votado da Arena,  com 5.602 votos.

                   Militou em algumas siglas partidárias, a começar pelo  PDC e pelo PL, passando entre outros pelo  PTB. Conviver com diferentes perfis eleitorais é coisa que ensina e amadurece. Mudar era normal, naqueles tempos. Em 2004 filiou-se ao  PPS.

                   Contador e Advogado, exerceu a Presidência do Sindicato dos Conferentes de Carga e Descarga do Porto de Santos durante oito gestões, a partir de 1953. É um dos nomes mais respeitados da história do sindicalismo santista e profundo conhecedor das questões portuárias . Foi um dos fundadores da Federação Nacional dos Portuários e do extinto Fórum Sindical de Debates, órgão lendário, do qual foi também secretário.

                    Nascido em 13 de março de 1926, manteve sempre o interesse pelas coisas da política. Acompanhou de perto a carreira de seu filho, Braz Antunes Mattos Neto, que está em seu segundo mandato como Vereador pelo PPS. Conselheiro efetivo do Santos F.C., fazia questão de citar em seu currículo o fato de ter jogado no time juvenil da Portuguesa Santista, além  de diversos clubes da várzea. Uma fratura no tornozelo direito abreviou o encerramento da carreira  do então vigoroso zagueiro. O Sindicalismo e a Política agradecem.

                   Os olhos que testemunharam os fatos e seus bastidores  refletiam um grande amor por Santos e pela família. Nelson  viveu pensando politicamente, respirando política em todos os instantes. A Cidade que ajudou a construir e desenvolver com sua atividade legislativa  cresceu muito, na sua opinião: “Antigamente  os jovens de Santos e da Baixada Santista precisavam sair daqui  para frequentar alguma faculdade. Hoje, os jovens de outras cidades procuram as faculdades e universidades santistas”.

                   Os livros não contam, a história não registra. Mas Nelson Mattos, testemunha e protagonista ao mesmo tempo, sabe que  um  fato  sempre tem muitas interpretações e ângulos diversos. Arthur Rivau, Fernando Oliva, Francisco Prado, Gastone Righi, José Gonçalves, Osvaldo Justo, Oswaldo De Rosis, Paulo Gomes Barbosa e Silvio Fernandes Lopes, entre outros, companheiros e contemporâneos, sempre souberam disso tudo. 

                   Os tempos mudaram, a política mudou. Mas Nelson continuou dando lições de política, diariamente.