Ex-coordenador do canil e seu braço-direito serão ouvidos hoje

CEI deliberou pela convocação

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O ex-coordenador do canil da Guarda Municipal de Santos e uma guarda municipal feminina, considerada seu braço-direito, acusados por membros da corporação de assédio moral e sexual nas dependências do setor, serão ouvidos pela Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara que apura os casos, hoje (1º/12).

A convocação dos dois foi deliberada durante a quinta reunião da CEI, presidida pelo vereador Reinaldo Martins (PT), sexta-feira (25/11), que ouviria uma guardiã-cidadã suposta vítima de estupro praticado pelo então chefe do canil. Ela não compareceu à audiência e voltará a ser convocada, o que deve acontecer na próxima semana.

A exemplo do depoimento da guardiã, os membros da comissão definiram que tanto o ex-coordenador do canil quanto a guarda municipal serão ouvidos a portas fechadas, com a presença apenas de vereadores. Apesar de serem realizados na mesma data, os testemunhos serão colhidos em separado.

Além da violência sexual, o ex-coordenador é apontado como autor de agressões contra guardas e integrantes do Programa Guardião-Cidadão com a utilização de armas de pressão, chamadas airsoft, e de ofensas e humilhações no tratamento a seus subordinados. Alguns deles foram ouvidos pela CEI nas reuniões anteriores.

A mesma conduta foi atribuída à guarda municipal feminina. Ainda que ocupante de um posto de mesmo nível hierárquico que os colegas, segundo testemunhas, ela se valia do aval do ex-chefe do setor para igualmente destratá-los. Ela é denunciada também por coagir um guardião-cidadão a praticar ato sexual com ela, episódio que teria acontecido na enfermaria do canil.

As denúncias atentam ainda para a compra dessas armas, de comercialização proibida, a partir do computador do canil, bem como para o armazenamento desse equipamento no posto. Além disso, relatos dão conta da utilização inapropriada de viaturas da corporação para afazeres pessoais do ex-chefe e da guarda municipal feminina.

Guardiã-Cidadã – Conforme o advogado da suposta vítima de violência sexual, Leonardo Araujo Peres Martins, a denunciante confirmou o seu comparecimento à reunião até o final da tarde de quinta-feira (24/11), quando manteve o último contato com ela.

Ele não soube dizer o motivo da ausência da testemunha, mas afiançou que tentará convencê-la a depor. “Estava tudo certo. Ela inclusive viria com um colega. Eu o contatei e ele me disse que a esperou no local combinado, mas ela não apareceu. Nem contato com ela estou conseguindo”, afirmou Martins.

O advogado mencionou ter tido uma conversa com a guardiã, na qual ela revelou ter ficado exposta após entrevista concedida a uma emissora de TV, segundo ele, pelo fato de o recurso de imagem utilizado para ocultar as características pessoais dos entrevistados em matérias que exigem anonimato não ter surtido o efeito desejado, permitindo que a sua identidade fosse reconhecida por algumas pessoas. “Isso a deixou constrangida.”

Para o presidente da CEI, vereador Reinaldo Martins (PT), o não comparecimento da guardiã-cidadã não altera os trabalhos da comissão. Ressaltou ainda, que a garota será convocada novamente a depor e que tem o apoio do advogado dela para que o seu depoimento seja colhido. “Até a próxima terça-feira (29/11) teremos uma definição.”


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