O vereador Odair Gonzalez (PR) realizou vistoria nos terminais portuários de Santos para verificar as condições de trabalho dos profissionais dos transportes, bem como dos trabalhadores portuários.

O terminal da Brasmar, uma das empresas portuárias com autorização para funcionar no porto de Santos possui  estacionamento que  não passa de um pequeno espaço descoberto, com lama fétida onde motoristas deixam os caminhões até que sejam descarregados. Existe uma pequena guarita com banheiro, sem condições de uso.

Conforme informações de um dos diretores do Sindicato dos Caminhoneiros, Fredy Soares, o local deveria ser todo calçado, o que não acontece na maioria dos terminais. As empresas começam o calçamento e assim que adquirem o alvará de funcionamento interrompem as obras. Desta forma, quando chove o local fica cheio de lama e quando o tempo está seco fica cheio de poeira e fuligem.

Acompanhado pela imprensa local, Odair pôde constatar a dura rotina  desses profissionais, que convivem com poeira, lama, congestionamentos, péssimas condições de higiene e locais insalubres.

Por causa das péssimas condições, o local onde está a empresa Atlantis Terminais de Cargas, é conhecido entre os profissionais do porto como “boca de porco”.

Odair também pôde constatar que alguns terminais seguem estritamente as condições determinadas por lei,  caso da Luna Terminais, que possui pátio completamente calçado, máquinas novas operando em seu terminal e espaço para caminhões. Em compensação, observa-se esgoto a céu aberto vindo dos escritórios e banheiros instalados no terreno.

Outra irregularidade constatada foi o local e saída de caminhões ser o mesmo, bem como  a entrega de identificação e documentos referentes a carga e descarga, na entrada, o que causa congestionamento e perigo de acidentes na rodovia.

Avenida portuária ainda deficiente

Existe uma área de mangue que pode ser transformada em estacionamento para caminhões, mas Odair prefere aguardar  pronunciamento do Ministério Público. Além do não cumprimento das disposições legais pelas empresas de terminais, como 30% de área destinada ao estacionamento de caminhões enquanto é feita a descarga, outras irregularidades como balanças de pesagem na porta dos terminais, que originam filas enormes e causam transtornos no trânsito da Av. Mario Covas,  caminhoneiros e profissionais do porto convivem diariamente com a falta de infra estrutura e péssimas condições do asfaltamento na extensão da avenida portuária.

Dejetos e restos de grãos misturam-se à água da vala, criam uma lama fétida e os caminhoneiros e trabalhadores têm de conviver com isso.

A CODESP destinou um espaço para estacionamento gratuito e público para caminhões, mas o vereador Odair constatou a falta de infra estrutura adequada: sem calçamento, existência de mato e lama, além de banheiros quebrados. O parlamentar também  presenciou  a quantidade de placas de “proibido estacionar” em toda extensão da Av. Mario Covas, inclusive, proibido estacionar na porta dos terminais, onde os motoristas devem adentrar para identificar seu veículo e a carga.

Não bastasse a empresa Libra Terminais, que não destina 30% de sua área para estacionamento de caminhões, ter instalado na entrada do terminal uma balança de pesagem, transformou a área em que os caminhoneiros deixavam seus veículos em “faixa dinâmica” e foi expressamente proibido que qualquer veículo pudesse utilizá-la como estacionamento.

Histórico

Em 28 de fevereiro, Odair presidiu audiência pública com a participação de representantes dos trabalhadores portuários, sindicato dos caminhoneiros, representante da prefeitura e CET e CODESP. Nessa audiência, vários compromissos foram assumidos e até agora, nenhum foi viabilizado. Diante dessa situação, vereador Odair já apresentou requerimento solicitando nova audiência, motivo dessa visita pelo porto.

Assessoria do Vereador Odair Gonzalez
3219-1848